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As forças conjuntas em Cabo Delgado abateram no sábado um líder tanzaniano da insurgência armada que em 2020 raptou duas freiras brasileiras, anunciou o comandante-geral da polícia moçambicana, Bernardino Rafael.
“Twahili Mwidini castigou aquelas irmãs, nós resgatamos aquelas irmãs aqui mesmo em Mangoma”, referiu, ao anunciar o nome do líder abatido, numa parada militar realizada no domingo num aldeia próxima.
A operação que culminou na morte do cabecilha, envolveu um equipa militar conjunta, constituída por membros das forças moçambicanas e do exército ruandês.
A ação teve como palco uma zona a seis quilómetros de Mocímboa da Praia, vila costeira que esteve ocupada por extremistas islâmicos durante cerca de um ano e que foi recuperada em agosto de 2021.
Ao lado de Mwidini, foi também abatido um cúmplice, acrescentou Bernardino Rafael, e foram apreendidas duas metralhadoras AKM e oito carregadores.
Além desta operação, outros líderes rebeldes estão a ser abatidos, referiu o comandante-geral da polícia, descrevendo o que considera ser um momento de agonia dos grupos insurgentes que restam nas matas.
"Estão fome, estão com sede e de luto, todos os dias, pelos seus dirigentes", sendo que "mais de sete" foram abatidos "em menos de 60 dias, sem contar com os operacionais", referiu, num esforço conjunto das tropas de Moçambique, Ruanda e dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes.