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O instituto Camões e a Universidade da África do Sul (UNISA) assinaram um memorando de entendimento para a criação e manutenção de um programa de formação de professores de português, foi hoje anunciado.
Em comunicado, o Camões anuncia que o memorando, hoje assinado, promove a língua portuguesa e as culturas de expressão portuguesa, mediante o apoio à contratação de um docente de língua e cultura portuguesas.
O entendimento foi assinado pelo embaixador de Portugal em Pretória, Manuel Cansado de Carvalho, em representação do presidente do Camões, João Ribeiro de Almeida, que fez uma intervenção por videoconferência, na qual destacou a importância do estabelecimento desta parceria com a UNISA “para a consolidação daquela que é, também, uma língua de África, a língua portuguesa”.
“A criação e o desenvolvimento de uma oferta académica na UNISA para formar professores sul-africanos como professores de língua e cultura portuguesas reforçará a interação e a complementaridade da rede de docência do Camões com a rede de docência sul-africana, possibilitando, em articulação com o Conselho Sul-Africano de Educadores e o Departamento Nacional de Educação Básica da África do Sul a acreditação dos futuros professores de português”, lê-se na nota.
“E promovendo a concretização das condições formais necessárias para a contratação destes professores pelas escolas do sistema de ensino sul-africano”, acrescenta.
Segundo o Camões, “a aposta no português como língua de conhecimento e da vasta Comunidade de origem portuguesa (mesmo que remota) constituem as bases em que assenta o futuro da língua portuguesa na África do Sul”.
“Só através da consolidação de uma formação superior especializada em língua portuguesa se poderá garantir um contínuo enraizamento e disseminação da língua” na África do Sul, disse, na ocasião, o presidente do Camões.
A ação do Camões na África do Sul “tem vindo, ao longo dos últimos anos, a consolidar-se no ensino superior, garantindo a integração curricular da língua e cultura portuguesas num maior número de instituições”, designadamente a Universidade de Witwatersrand, Universidade da Cidade do Cabo, Universidade de Pretória e Universidade de Mpumalanga.
“Ao nível dos ensinos pré-escolar, básico e secundário, através da sua coordenação de ensino e dos 19 postos de docência aí previstos” para a África do Sul, o Camões “assegura uma oferta de língua e cultura portuguesas não só à comunidade portuguesa, como também às comunidades de países lusófonos residentes na África do Sul”.
O comunicado destaca ainda que o português é uma das línguas não oficiais protegidas pela Constituição sul-africana e o seu ensino no sistema educativo encontra-se aprovado como língua materna (‘home language’), segunda língua/língua de herança (‘first additional language’) e como língua estrangeira (‘second additional language’).
O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua é uma instituição pública tutelada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros que tem por missão propor e executar a política de cooperação portuguesa e a política de ensino e divulgação da língua e cultura portuguesas no estrangeiro.