
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Mário Centeno, Presidente do EUROGRUPO desde Dez 2017, com mandado até ao fim do 1º semestre de 2020, precisa de se manter Ministro das Finanças, para assim manter o lugar de Presidente. Ora Mário Centeno, é o português que melhor sabe como estão as contas, a economia e as finanças portuguesas.
Mas sabe também, que esta politica de empurrar com a barriga, de valorizar em demasia alguns indicadores, cortar, cortar, parecendo e falando em cativações que é coisa bem diferente, e aumentar impostos por via indireta, não é situação sustentável e já excedeu tudo o que seria aceitável. Sabe, que, se for Ministro das Finanças, de um possível governo socialista, irá ter muitas dificuldades em seguir a mesma politica.
A rubrica de Formação Bruta de Capital Fixo, vulgarmente chamada de Investimento Público ficou na média da sua governação a níveis inferiores ao tempo da TROIKA, o que está visível na degradação do SNS, á cabeça, e de todos os Serviços Públicos, como não estiveram durante a TROIKA e que já não será possível manter por mais tempo, empurrando com a barriga, os investimentos sob pena de rutura de muitos deles.
Sabe de que a narrativa que aumentaram o rendimento dos portugueses, como se todos tivessem sido beneficiados com a reposição dos cortes, que se tinham iniciado em 2010, precisamente pelo PS, que apenas atingiu algumas poucas centenas de milhares de funcionários públicos é desmentida pela avaliação internacional do indicador Rendimento per Capita, única forma séria de avaliar a trajetória da evolução dos rendimentos de um povo, e que em 2015 nos colocava em 14º lugar, tendo descido todos os anos um lugar para nos situarmos em 17º em 2018 na Zona Euro com 19 países, aproximando-nos do último lugar da tabela.
Sabe portanto do muito lixo que está debaixo do tapete, com cerca de 3.500 milhões, de despesa por pagar, quase quatro vezes o deficit de 2018, e que ficam como herança, para o próximo governo seja ele qual for. Sabe também que apesar da tentativa de com uma meia verdade, dizer que a Divida Pública está a descer, ela em valor nominal está em 251 mil milhões, acima 20 mil milhões de Dez 2015, e, que as taxas de juros historicamente baixas, não duram para sempre.
Sabe também que apenas um subida de 1% na taxa média da Divida Pública, representa mais de dois mil e quinhentos milhões de encargos, o que para se perceber melhor, é quase o triplo do deficit do Orçamento de 2018 cerca de 900 milhões. Sabe também que a Divida Total da Economia, Indicador que em 2011 nos levou ao resgate, e, que estava à época em 688 mil milhões, se situava em Dez de 2015 em 701 mil milhões e fechou Junho de 2019 em 727 mil milhões.
Por tudo isto, e porque tem consciência de que está sentado em cima de um bomba, que pode explodir, só não se sabe quando, está com a maior das vontades de deixar de ser Ministro das Finanças enquanto mantém esta aura artificial, diga-se de Bom Ministro das Finanças, cuja técnica assenta em empurrar com a barriga a despesa, cortar, cortar e aumentar impostos, mas de forma indireta, menos percebida pelo povo .
A tentativa (falhada) de ir para o FMI servia às mil maravilhas mas não passou de uma miragem, e, nem sequer chegou a ser formalmente candidato, tendo sido descartado logo no início, sem no banco de suplentes ter ficado. Mário Centeno, espera assim conseguir aguentar mais 9 meses, a ser Ministro das Finanças do PS na hipótese de este vir a ganhar as eleições de Outubro, e, que a sorte lhe seja favorável, isto é que a crise, de que já há alguns fortes indícios, a Alemanha já teve a sua Economia no 2º Trim de 2019 em terreno negativo, não seja tão intensa e sobretudo tão rápida que ainda o apanhe no Ministério das Finanças em Portugal, porque aí a aura que o tem acompanhado, vai desaparecer rapidamente, pois governar em tempo de vacas gordas (e voadoras segundo Costa), nada tem a ver com governar em tempo de vacas magras, pois como diz o ditado “pode-se enganar todos durante algum tempo, mas não se pode enganar todos o tempo todo”