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Tens 18 anos e a 4ª Classe; és um jovem ambicioso; tens problemas com a justiça; procuras aventura e emoção; vem ser parte do Governo do Partido Socialista. Tomo a liberdade de começar este artigo, adaptando uma música do Grupo G.N.R, a qual assenta que nem uma luva no momento político actual que se vive o país.
Os dois últimos Governos do Partido Socialista têm sido uma caderneta de casos e casinhos. A ideia com que o comum dos mortais fica é que o primeiro critério para a escolha de alguém para o exercício de funções públicas é ter problemas com a justiça, saber-se de antemão que num futuro próximo os terá, ou ser uma “jovem promessa” da Juventude Socialista.
Temos desde Ministros sócios de empresas familiares que fazem contratos com o Estado (não permitidos pela lei), um ex Secretário de Estado de uma generosidade a toda a prova que, no exercício de funções de Presidente de Câmara, fez pagamentos adiantados no valor de trezentos mil euros a uma empresas para a construção de infra estruturas que nunca viram, nem irão ver a luz do dia, actuais Ministros e ex. Ministros investigados por ajustes directos que terão lesado o Estado em Milhares de Euros, etc, uma Ministra que contrata um jovem de 21 anos, sem qualquer experiência, sem qualquer Curriculum, a não ser o de militante da Juventude Socialista, a ganhar cerca de 4.000 euro mês, o que é um insulto para a esmagadora maioria dos trabalhadores deste país. Para percebermos o tamanho do insulto, atentemos no seguinte exemplo: Um Médico em início de carreira, com menos de 3 anos de experiência profissional, pode esperar um salário médio de 2860 €. Um Médico em meio de carreira com 4-9 anos de experiência pode ter um salário médio que ronda os 3420 €, enquanto um Médico experiente, com 10 a 20 anos de experiência, ganha em média 4200 €. Um Médico no final de sua carreira, com mais de 20 anos de experiência, pode esperar um salário médio de 4560 €.
Acho que quanto a isto estamos esclarecidos. É claro que sempre houve, e sempre haverá, casos na política. A política não é nem será uma actividade de puritanos sem mácula, uma actividade de santos, mas também não se pode transformar no paraíso dos arguidos. É claro que tudo isto poderia ser diferente, se o país tivesse um Presidente da República digno dessas funções. O problema é que, infelizmente, para todos nós, o Presidente faz parte do sistema e protege o sistema.
Foi por isso que Costa veio a público defender Marcelo aquando das infelizes declarações do mesmo sobre os casos dos abusos sexuais na igreja e depois foi Marcelo a defender Costa a propósito das acusações do ex. Governador do Banco de Portugal Carlos Costa, de tentativa de intromissão do poder político junto do Banco de Portugal. Tudo a proteger o sistema. Todos a não quererem que nada mude. Todos a protegerem os seus interesses, e a esquecerem o Povo e o país que é para eles que devem trabalhar. Mas poderia dar-se o caso que, apesar de tudo isto o país estar bem. Mas não é o caso. O resultado desta política, deste sistema que perdura há muito é o seguinte: Portugal entrou na CEE em 1986; a Roménia em 2007. Portugal leva 21 anos de avanço à Romênia na recepção de fundos europeus. Em 2024 a Romênia vai ultrapassar Portugal no PIB per capita. Estou esclarecido.