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A visita ao navio escola Sagres, ancorado na Ribeira, no Porto, no âmbito das comemorações do Dia da Marinha, vem alertar os visitantes para as potencialidades do mar
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O navio escola Sagres continua atracado no cais da Ribeira no Porto até à próxima quarta-feira, apesar das comemorações oficiais do Dia da Marinha terem terminado ontem, domingo. Se no primeiro dia das visitas, em pouco mais de 20 minutos, se formou uma longa fila de famílias, turistas, escolas e reformados, durante a semana será mais bem tranquilo. Praticamente sem fila de espera, será possível visitar aquela barca com a figura do Infante D. Henrique na proa e com a frase inscrita no leme «a patria honrae que a patria vos contempla». Esta frase do poeta Luís Vaz de Camões que a Marinha de Guerra adoptou como lema, enaltece o seu espírito, apesar de ser desconhecida de muitos, num país de costas voltadas ao mar.
A Zona económica exclusiva (ZEE) de Portugal é a 3.ª maior da União Europeia, de tal ordem que 11% da ZEE da União Europeia pertence a Portugal.
O navio escola Sagres e o Dia da Marinha têm como objectivo despertar a população portuguesa para as oportunidades no mar. A economia do mar apenas contribui em 5% para a formação do PIB (todos os bens e serviços finais produzidos), o que é manifestamente reduzido face às potencialidades que o mar oferece.
Mas também está em causa a sustentabilidade dos oceanos, a sua exploração equilibrada, os impactos das alterações climáticas na biodiversidade costeira e a poluição marinha. A tecnologia passou a estar ao serviço do conhecimento dos mares, tratando-se de um novo paradigma na navegação. Portugal deve assumir o seu papel de potência marítima no seio da Europa e do mundo.
A Marinha precisa de estar em articulação com a comunidade portuguesa, para desenvolver uma ciência cidadã voltada para o oceano. Tal como a bússola do navio-escola Sagres, deverá passar a existir uma orientação mais voltada para os mares.
A Marinha também intervém nos derrames de petróleo que colocam em risco os ecossistemas marinhos, levando a grandes perdas da vida marinha. Tais acidentes ocorrem durante o carregamento, descarregamento e abastecimento de petróleo, bem como da lavagem de tanques em alto mar dos navios petroleiros.
A experiência de visita ao navio escola Sagres é sempre positiva, lembrando que a vida de marinheiro também é feita destes momentos.