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Manuel Araújo Em 11 de Novembro de 2023, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o Parlamento, antecipando eleições para 10 de Março de 2024.
António Costa pediu a demissão a 7 de Novembro, alegando protecção ao governo de uma investigação criminal. As acusações de tráfico de influências e obstrução à justiça, originadas por escutas telefónicas, ganharam contornos inesperados: o escutado central era, afinal, o ministro da economia, António Costa Silva, não o primeiro-ministro.
A confusão alimenta dúvidas sobre a integridade do processo, suscitando a possibilidade de um "trabalho encomendado" para desestabilizar e fazer cair o governo.
Apesar de o Ministério Público alegar um erro administrativo, vozes críticas sugerem intenções obscuras por trás desse deslize.
A incerteza compromete não apenas a credibilidade do Ministério Público, mas também as acusações originais contra António Costa.
Se descartadas, representam um revés para a oposição, que com "unhas e dentes" explorou a demissão do primeiro-ministro. O cenário contrasta com as conquistas durante o governo de António Costa, como crescimento económico, redução do desemprego, melhorias na saúde, educação, habitação, ambiente, promoção da igualdade de género, direitos dos trabalhadores e avanços em outras áreas.
A actual incerteza política desafia a avaliação desses sucessos. Embora a escolha de um novo governo seja esclarecedora, a actual fragilidade da oposição pode não ser suficiente para resolver questões profundas.
Uma sondagem pós-escândalo mostra PS e PSD em empate técnico. Para preservar a credibilidade da Justiça, é importante investigar se houve um "trabalho encomendado" – um golpe –, garantindo transparência e justiça no desfecho destes casos.
Num mundo tão conturbado e perigoso, é hora de pensar em Portugal e nos portugueses e estarmos atentos aos "encantadores" e saudosistas.