Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
No dia do recente aniversário do amigo José Cid, veio-me à mente um pouco da história da minha carreira enquanto jornalista e criador do título Gazeta Lusófona, possivelmente desconhecido para muitos.
O meu percurso jornalístico teve início no jornal Luso Helvético, onde realizei o meu estágio. Mais tarde, Adelino Sá, mesmo não sendo jornalista, juntou-se à equipa. No entanto, a falta de liberdade de expressão, sobretudo quando tocava em assuntos delicados com amigos da direcção, levou-nos a sair.
Concordamos que os portugueses na Suíça precisavam de uma informação diferente, mais abrangente e séria. Foi assim que surgiu a ideia de criarmos um jornal alternativo, a que dei o nome de Gazeta Lusófona, título com o qual o Adelino concordou.
O Gazeta foi um êxito em todos os aspectos. Diferente do Luso Helvético, o nosso jornal tinha um teor cultural elevado e procurava mudar os hábitos de leitura dos emigrantes, que geralmente se limitavam a jornais desportivos para os homens e revistas femininas para as mulheres.
O Gazeta Lusófona contou com o apoio de diversas personalidades e instituições, incluindo a embaixada e o Consulado de Zurique, representado pela Cônsul Regina Marchueta, e teve a colaboração de destacados jornalistas, como Luís Esteves (Agência LUSA) e Orlando Dias Agudo (RTP). Nessa fase, conheci o jornalista Adélio Amaro, então no Mensageiro de Leiria, a quem oferecemos uma página para dar a conhecer mais uma região de Portugal, tornando-se nosso colaborador, desde Leiria.
A exemplo dos anos anteriores, em 2002, o Gazeta Lusófona celebrou seu quarto aniversário com uma festa memorável em Lausana, reunindo muitas centenas de pessoas. Este grandioso evento contou com a participação do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Cesário, e com a presença ilustre de diversas personalidades, como os Conselheiros das Comunidades, Manuel Beja e Manuel Melo, representantes políticos, do ICEP, Cônsul de Zurique, Embaixador de Berna, sindicatos, bancos, representantes do Ensino, além do Chefe António Silva e da conhecida apresentadora da RTP, Tânia Lobo, que conduziu e apresentou o espectáculo.
A festa contou também com um magnífico elenco musical, com António Manuel Ribeiro (UHF), José Cid, que recentemente celebrou 82 anos, Inês Duarte, Tucha, Alexandre, António Côrte Real, Ribeiro Júnior e Rui Bandeira.
Uma celebração que reflectiu não apenas a força da comunidade portuguesa na Suíça, mas também a influência e reconhecimento alcançados pelo Gazeta Lusófona em apenas quatro anos de existência.
Em 2000, vinte anos após ter chegado à Suíça, regressei a Portugal para assumir a gestão da redacção do jornal Gazeta Lusófona, sediado na minha terra natal, Caldelas, Amares. No entanto, a história tomou um rumo inesperado.
Em Março de 2003, quase cinco anos depois da sua fundação, devido a divergências com meu ex-sócio, especialmente relacionadas à linha editorial, optei voluntariamente por ceder-lhe a minha quota.
Adélio Amaro, sem grande surpresa, assumiu a minha posição como director técnico, editor e paginador. No entanto, as voltas do destino não cessaram. Em 2020, após a inesperada desistência de Adelino Sá e a alegada transferência do título para um proprietário estrangeiro de origem turca, o palco viu-se dominado por Adélio Amaro, que assumiu a direcção do jornal que, outrora, foi criado por nós, os fundadores.
Esta é apenas uma breve introdução à história do Gazeta Lusófona. As peripécias, tricas, favores, pressões, processos e outros segredos que marcaram a trajectória do jornal poderiam preencher muitas páginas, e quem sabe, talvez um dia continue a escrever...
No dia do recente aniversário do amigo José Cid, veio-me à mente um pouco da história da minha carreira enquanto jornalista e criador do título Gazeta Lusófona, possivelmente desconhecido para muitos.
O meu percurso jornalístico teve início no jornal Luso Helvético, onde realizei o meu estágio. Mais tarde, Adelino Sá, mesmo não sendo jornalista, juntou-se à equipa. No entanto, a falta de liberdade de expressão, sobretudo quando tocava em assuntos delicados com amigos da direcção, levou-nos a sair.
Concordamos que os portugueses na Suíça precisavam de uma informação diferente, mais abrangente e séria. Foi assim que surgiu a ideia de criarmos um jornal alternativo, a que dei o nome de Gazeta Lusófona, título com o qual o Adelino concordou.
O Gazeta foi um êxito em todos os aspectos. Diferente do Luso Helvético, o nosso jornal tinha um teor cultural elevado e procurava mudar os hábitos de leitura dos emigrantes, que geralmente se limitavam a jornais desportivos para os homens e revistas femininas para as mulheres.
O Gazeta Lusófona contou com o apoio de diversas personalidades e instituições, incluindo a embaixada e o Consulado de Zurique, representado pela Cônsul Regina Marchueta, e teve a colaboração de destacados jornalistas, como Luís Esteves (Agência LUSA) e Orlando Dias Agudo (RTP). Nessa fase, conheci o jornalista Adélio Amaro, então no Mensageiro de Leiria, a quem oferecemos uma página para dar a conhecer mais uma região de Portugal, tornando-se nosso colaborador, desde Leiria.
A exemplo dos anos anteriores, em 2002, o Gazeta Lusófona celebrou seu quarto aniversário com uma festa memorável em Lausana, reunindo muitas centenas de pessoas. Este grandioso evento contou com a participação do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Cesário, e com a presença ilustre de diversas personalidades, como os Conselheiros das Comunidades, Manuel Beja e Manuel Melo, representantes políticos, do ICEP, Cônsul de Zurique, Embaixador de Berna, sindicatos, bancos, representantes do Ensino, além do Chefe António Silva e da conhecida apresentadora da RTP, Tânia Lobo, que conduziu e apresentou o espectáculo.
A festa contou também com um magnífico elenco musical, com António Manuel Ribeiro (UHF), José Cid, que recentemente celebrou 82 anos, Inês Duarte, Tucha, Alexandre, António Côrte Real, Ribeiro Júnior e Rui Bandeira.
Uma celebração que reflectiu não apenas a força da comunidade portuguesa na Suíça, mas também a influência e reconhecimento alcançados pelo Gazeta Lusófona em apenas quatro anos de existência.
Em 2000, vinte anos após ter chegado à Suíça, regressei a Portugal para assumir a gestão da redacção do jornal Gazeta Lusófona, sediado na minha terra natal, Caldelas, Amares. No entanto, a história tomou um rumo inesperado.
Em Março de 2003, quase cinco anos depois da sua fundação, devido a divergências com meu ex-sócio, especialmente relacionadas à linha editorial, optei voluntariamente por ceder-lhe a minha quota.
Adélio Amaro, sem grande surpresa, assumiu a minha posição como director técnico, editor e paginador. No entanto, as voltas do destino não cessaram. Em 2020, após a inesperada desistência de Adelino Sá e a alegada transferência do título para um proprietário estrangeiro de origem turca, o palco viu-se dominado por Adélio Amaro, que assumiu a direcção do jornal que, outrora, foi criado por nós, os fundadores.
Esta é apenas uma breve introdução à história do Gazeta Lusófona. As peripécias, tricas, favores, pressões, processos e outros segredos que marcaram a trajectória do jornal poderiam preencher muitas páginas, e quem sabe, talvez um dia continue a escrever...