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Andava eu entretido com os encantos naturais da Foz do Arelho quando o Benfica se sagrou, pela trigésima oitava vez, campeão nacional de futebol. Gostei do teor da notícia, fiquei contente.
Na infância e na adolescência, fui adepto ferrenho do Futebol Clube do Porto (FCP), vibrei com os seus sucessos, por ele nutri paixão. Depois, esta deslassou. Via coisas que não me agradavam, mormente na forma como o FCP triunfava, e causavam‑me repulsa personagens que o clube trouxe para o mundo do futebol. Lembro, por exemplo, o guarda Abel. Não me identificava com certa forma de estar no mundo e no desporto, o FCP não sabia ganhar nem sabia perder.
Sei que é estranho, mas tornei‑me simpatizante do Benfica. Por mor do tribalismo e da cultura do ódio, de estilos e procedimentos que o FCP segue, das atitudes recorrentes de Jorge Nuno Pinto da Costa e de criaturas como Fernando Madureira, dava por mim, sempre que o FCP defrontava equipas nacionais, a querer que ele perdesse. Talvez isso me menorize, mas ainda hoje é assim. E apreciei especialmente ver campeão o Benfica de Rui Costa e de Roger Schmidt, duas pessoas educadas e que não pressionam os árbitros.
André Villas‑Boas aspira à presidência do FCP. Tanto bastou para que a sua casa fosse alvo de um ataque e para que um funcionário dele fosse agredido. Outrossim, é repugnante o que sucedeu em recente Assembleia Geral do clube.
Faço votos de que Pinto da Costa deixe, e depressa, de ser presidente do FCP. Quando isso acontecer, sol mais radioso brilhará no futebol, no desporto, na sociedade e nessa grande instituição que é o FCP.
Desde a infância, sou igualmente fã do clube da minha terra, o Gil Vicente. A esse amor, sempre permaneci fiel.