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NATAL: FESTA DE LUZ
Aderência ao dom da fé e da vida.
A simplicidade do presépio e a força que dele brota constitui a essência do Natal!
Natal, palavra cheia de magia, que marca e determina cada infância. De ternura e de bênção, de afecto e de paz. “Já nasceu o Deus Menino”! A frase que informa, fazendo parte de uma canção e que exprime o sentido profundo do inaudito acontecimento, acolhido pela consciência popular ao longo dos séculos, tal como atestam as escrituras, os contos e os cânticos desta época festiva. A simplicidade do presépio e a força que dele brota constitui a essência do Natal! Como naquele tempo, também hoje nos sentimos livres em aceitar o Mistério e em reconhecer esse Deus feito homem.
Da doce quimera ao âmago do Natal, vai apenas a distância da nossa aquiescência e rendição ao extraordinário dom da fé e da vida! Conhecemos os diferentes natais que abundam e se atropelam: desde o religioso ao social e até político, com as características e aproveitamentos próprios, que tendem inverter o essencial do feliz aniversário. Há sons, luzes e gritos de natal, ainda longe do tempo do Advento… Há ritos e tradições que nada têm a ver com o mistério natalício; há preocupações que não subscrevem a tão profunda mensagem de paz e bonança, próprias desta época!
Hoje em dia dá-se a paganização da festa cristã, não com o regresso da festa do deus Sol, mas antes dos deuses do consumismo e das influências, das correrias e desmesurado dispêndio. No meio de tão tumultuoso movimento e alvoroço, de tanta procura e oferta, perde-se o âmago da solenidade que queremos celebrar festivamente. Reparamos que existe uma premente necessidade de parar o curso da nossa atitude, de forma a arranjar tempo, para preparar e viver o Natal com equilíbrio, como crentes que somos, no nascimento do Messias.
Precisamos de olhar o mundo que ainda não realizou aquela transformação atómica do ódio pelo amor e do bem sobre o mal, anunciada na lonjura dos tempos pelos profetas. Precisamos ainda, de despertar a consciência para os factos e vivências da nossa proximidade, do nosso pequeno meio. A construção de um mundo mais justo e mais humano é possível quando cada um assume a sua própria responsabilidade, a começar pelas coisas pequenas, que estão ao nosso alcance.
Precisamos de fazer a viagem até Belém a fim de contemplar o rosto humilde do Menino, despojado e simples; precisamos de assimilar a lição do mistério, da pobreza e da humildade; precisamos ainda de seguir o exemplo da família de Nazaré… De pouco nos serve uma casa bonita e confortável, uma mesa abastada e umas histórias desencontradas e banais, se não estivermos na predisposição de viver o essencial da festa, em conhecimento e adesão. Assim, o Feliz Natal que tanto desejamos, será de facto fulgente porque envolvido da graça e bênçãos de um Menino que veio para nos acompanhar, para nos suportar e salvar.
É com este asseverado sentimento que deixo uma especial saudação aos doentes e pessoas de idade, às famílias enlutadas, aos que sofrem por causa da injustiça, aos que se encontram longe das suas terras, das suas famílias, das suas origens; possa o calor e alento da novidade do Natal, proporcionar a todos e cada um, as Boas Festas que animam e reconfortam: Feliz Natal, Próspero Ano Novo.
Conte aos seus filhos e netos como era o Natal, quando tinha a idade deles!