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Entidades bancárias com balcões no concelho de Caminha foram convidados pela Câmara municipal a apresentarem propostas de empréstimos para sustentar o plano de recuperação financeira que o actual executivo irá apresentar até final do mês.
Em causa estão dois empréstimos, médio e longo prazo, no valor de 9,5 milhões de euros.. Sendo que “Um dos empréstimos, no valor de 4,3 milhões de euros, destina-se a pagar dívida a fornecedores e para realizar a totalidade do capital social da Polis Litoral Norte. O outro empréstimo, no valor de 5,2 milhões euros, é para se comprar os 51% do capital social que os privados detêm na Parceria Público-Privada (PPP) das piscinas de Vila Praia de Âncora.
Segundo Miguel Alves, presidente do município caminhense, o plano de recuperação financeira municipal, previsto na lei n.º53/2014, que irá apresentar ao executivo municipal, tem como objectivo resolver o “caos” que herdou do anterior executivo do PSD.
“Em reunião da câmara de 07 de Outubro, os vereadores do PSD Caminha pediram ao presidente da câmara a relação atualizada dos encargos assumidos com fornecedores e ainda por pagar. Na listagem fornecida é possível constatar uma dívida a fornecedores no valor de 13.624.073,54 euros, e sem dinheiro em bancos”, refere a nota dos vereadores José Manuel Presa, Paulo Pereira e Liliana Silva.
Recordar que já em nota anterior o Partido Social Democrata adiantava que a dívida da Câmara Municipal de Caminha já ultrapassava os 22 milhões de euros. “Nos primeiros anos à frente da Câmara de Caminha, Miguel Alves herdou uma situação estabilizada, onde se pagava religiosamente a água, as piscinas e os fornecedores recebiam dentro dos prazos legais. Além disso, em contas a prazo existiam mais de 2 milhões de euros. Decidiu assim, face a esta folga financeira, baixar o IRS, o IMI e o preço da água, com o intuito de ganhar as eleições autárquicas que se seguiam. Desta forma, prescindiu da receita que o Município tinha para pagar os encargos assumidos.
Em contrapartida entendeu deixar de pagar a água fornecida para o concelho de Caminha através das “Águas Minho Lima, S.A.” (mas recebendo o dinheiro dos consumidores), assumir más decisões orçamentais, efetuar investimentos ruinosos, aumentar descontroladamente a despesa corrente, deixar de pagar as piscinas de Vila Praia de Âncora, reduzir a despesa de capital, entre outras decisões que prejudicaram a situação financeira do Município”, salientam em nota.
Por sua vez, o líder socialista Miguel Alves sempre assegurou que este plano visa resolver o caos financeiro que nos foi deixado pela Troika que esteve na Câmara de Caminha até 2013. A Troika tem três letras, PSD, que nos últimos cinco anos de mandato contraiu empréstimos bancários de valor superior a 11 milhões de euros que agora não conseguimos pagar ao mesmo tempo que pagamos as despesas correntes”.
Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades