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Não! ... Supostamente em Julho de 2019 após declarações do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, ao afirmar no parlamento que a área nas localizações possíveis onde poderá haver prospecção de lítio tinha diminuído.
Assim, 3 teriam sido excluídas por serem áreas naturais, sendo uma delas a serra de Arga. "Vamos retirar os sítios da Rede Natura 2000”, afirmou, e a serra de Arga seria um deles ... Ora, tal já estava previsto e em nada sossega as gentes da serra que continuam a dizer um não rotundo à exploração de lítio.
Recordemos que apenas uma parte da serra de Arga está inserida na rede natura 2000, sendo que 70% da serra está fora dela. Ou seja, “a Serra D’Arga não sai da área para exploração”, avisou Liliana Silva, vereadora do PSD. “O que sai é o correspondente à Rede Natura, que corresponde ao Maciço da Serra. Mantém-se o perigo no conjunto Montanhoso da Serra D’Arga, principalmente na faixa entre Covas e Cabração”,sublinhou.
Por sua vez, Miguel Alves, líder socialista do executivo de Caminha, referiu que “as câmaras não têm como garantir que não existirá prospecção e exploração de lítio. As câmaras municipais têm capacidade de garantir que lutarão para que isso não aconteça até à última gota de sangue. O Estado português é que terá de tomar essa decisão. Não estou a ver, qualquer governo, qualquer um que esteja à frente de um governo tomar uma posição contra toda a população.
Concretamente, quanto ao concelho de Caminha se refere as freguesias de Arga de S. João, Arga de Baixo e Arga de Cima serão afectadas com a prospecção e exploração de lítio.
Mas, recentemente no programa do governo aprovado em conselho de ministros ficou espelhada a sua vontade em relação à exploração de lítio.
Já as gentes da serra de Arga continuam-se a manifestar nas mais diversas formas contra esta exploração.
Diversas são as vozes que se fazem ouvir nesta questão sobre o lítio e a crescente dificuldade da sua separação do minério extraído e a presente incapacidade para o reciclar.
Um estudo elaborado a nível nacional, revela o "completo contrassenso do Governo" em estar "por um lado a querer atingir a neutralidade carbónica" e, por outro, "avançar com um plano de mineralização do lítio que contraria todo esse investimento e todos esses compromissos que Portugal tem estado a assumir a nível mundial no combate às alterações climáticas".
Salientar ainda o projecto "Da Serra d'Arga à Foz do Âncora", que incide sobre o território classificado como Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura 2000 Serra d'Arga, correspondendo a uma área com 4.493 hectares, totalmente inserida na sub-região do Alto Minho, e cuja conservação florística e faunística é imperativa".
A classificação daquele território como Área Protegida de âmbito regional pretende "reforçar o seu caráter único enquanto ativo territorial e produto turístico emergente.
O projecto intermunicipal implicou um estudo entre o vale do Âncora e o maciço serrano, que incluiu o levantamento das espécies existentes, entre outros parâmetros.
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