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Em nota de imprensa os vereadores da coligação ‘o concelho em primeiro’ afirmam que o centro de exposições transfronteiriço, projecto anunciado pelo presidente da câmara caminhense, Miguel Alves, é um “flop envolvido de muitas nuances estranhas”.
Ainda acusam o autarca socialista de “forçar a aprovação de um contracto de arrendamento, em 2020, com um investidor privado , sobre algo que não existe e nunca existiu, o qual obrigava a um pagamento imediato de 300 mil euros não podendo ser denunciado sob forma alguma durante 5 anos”. E, as críticas continuam e referem que “onerou desde esse momento em 300 mil euros o Município de Caminha para algo que mais não era do que um negócio feito entre o presidente da Câmara e os ditos investidores”.
Recordar que o actual executivo da vila de Caminha enalteceu a criação do centro de exposições transfronteiriço e que este traria “ao concelho investimento imediato de mais de oito milhões de euros”. O anúncio era feito em 2020 após a aprovação por maioria a minuta de contracto de promessa de arrendamento e em causa estava a construção e criação de um Centro de Exposições Transfronteiriço, em Vilarelho, um equipamento que dotará o concelho de “uma infraestrutura que não tem paralelo nos concelhos vizinhos”, sublinhava uma nota do município.
O actual executivo liderado por Miguel Alves considerava que este equipamento iria “dinamizar a economia de Caminha durante todo o ano, assumindo-se como uma ferramenta decisiva para o combate à sazonalidade e para a atração de grandes eventos nacionais e internacionais.
Este investimento, inteiramente privado, passaria pela aquisição de um imóvel, a Quinta do Corgo, com mais de 36 mil metros quadrados, localizada na freguesia de Vilarelho.
Os vereadores do PSd sempre se mostraram contra este projecto porque “não defendia os interesses de Caminha e visava a fuga ao visto do Tribunal de Contas”. A oposição ainda afirma que o “contracto promessa de arrendamento foi feito para beneficiar um privado em concreto. Feito à pressa, em cima do joelho e sem qualquer estudo de viabilidade económica, fez-se em 2020 um contracto promessa de arrendamento que hipotecaria por longos anos o concelho de Caminha”.
Estes vereadores ainda alertam que o “contracto “previa o pagamento de uma renda mensal de 25 mil euros por 25 anos, o que perfazia um total de 7,5 milhões de euros”, sendo que o município “teria de pagar 300 mil euros à empresa privada aquando da assinatura do contrato”, não podendo, “sob forma alguma, denunciar o contrato durante cinco anos””.
Os vereadores da coligação ‘o concelho em primeiro’ afirmam que “afinal não haverá nenhum Centro de Exposições Transfronteiriço para a zona prometida pelo presidente da Câmara e que o negócio falhou totalmente. Agora querem, desaproveitar a zona entre Argela e Vilar de Mouros para o construir”.
Segundo o PSD “o presidente da Câmara tem muito que explicar à população do concelho de Caminha, nomeadamente os 300 mil euros que alegadamente foram entregues ao dito investidor por via de uma clausula aprovada pela maioria socialista, a qual não permitia a denúncia do contrato caso as coisas corressem mal como acabou por acontecer”.
Questionamos o actual presidente da câmara municipal de Caminha, Miguel Alves, sobre este assunto mas foi silêncio o que nos chegou.
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