Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Objectivo: criar uma comissão jurídica contra a empresa de gestão das redes de água em baixa e de saneamento Águas do Alto Minho.. Esta é a pretensão de um grupo de moradores que pretende alertar para um conjunto de irregularidades" que afeta a população ...
O grupo em causa denomina-se "Cidadãos indignados com a Águas do Alto Minho” e está a organizar uma comissão jurídica que “visa a abertura de um processo em instâncias nacionais ou mesmo no Tribunal Europeu contra a empresa, com o objectivo de "combater um conjunto de irregularidades e aumentos de preço sem justificação técnica, administrativa e até estratégica", referem em comunicado.
A comissão jurídica pretende "criar um coletivo representativo e amplo ao nível dos sete municípios" abrangidos pela Águas do Alto Minho nomeadamente Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
Conflitos de interesse “entre os deveres inerentes aos cargos de presidente de câmara e os objectivos de uma Sociedade Anónima, que “visa unicamente o lucro”, “conflitos de leituras entre os anteriores sistemas de contagem de água e o actual, sempre com prejuízo para o cliente”, bem como “conflitos devido ao aumento da pressão da água e, com isso, uma maior perda de água que penaliza o cliente, pois implica ruturas na rede”.
No seu comunicado o grupo de cidadãos ainda acrescenta que “os clientes consideram existir quase sempre uma factura por estimativa e não uma factura por leitura” e apontam ainda “conflitos na questão dos pagamentos, tanto no tempo que vai desde o recebimento das facturas até à data legal de pagamento, como nos vários problemas associados às referências multibanco, habitualmente inativas ou com erros”.
O grupo de cidadãos informa ainda que criou um e-mail para todos os interessados em participar nesta organização cívica.
Recordar que as Águas do Alto Minho é detida em 51% pela Águas de Portugal e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, que compõem a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho.
A Águas do Alto Minho iniciou a sua actividade em Janeiro de 2020 e tem sido alvo de forte contestação por parte da população que se queixam do aumento “exponencial” das tarifas e do “mau funcionamento dos serviços”.
Referir ainda que em Agosto a empresa pediu desculpa pela “incorreção” detetada num “lote” de leituras dos consumos de Maio, que afectou as facturas de 495 clientes de seis concelhos da região, garantindo estar a processar notas de crédito. Nessa altura, numa manifestação convocada através das redes sociais, a população realizou protestos nos sete concelhos integrados na Águas do Alto Minho, junto aos edifícios camarários, exigindo o regresso da gestão de redes de água em baixa e de saneamento às autarquias.
Em Abril, a Águas do Alto Minho tinha sido obrigada a suspender a facturação depois de terem sido detetados erros que afectaram 15 mil consumidores.
Em Dezembro, a empresa de gestão das redes de água em baixa e de saneamento anunciou a redução em 1% das tarifas de águas em 2021, para a totalidade dos clientes.
Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades