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A ligação entre Caminha e à Galiza é efectuada através do ferry-boat Sta. Rita de Cássia, mas esta ligação fluvial está parada desde Janeiro e vai se manter assim e por tempo indeterminado.
O actual presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves, justificou esta paragem do serviço por falta de funcionários que a autarquia mobilizou para “a distribuição de alimentos pelas escolas e para o transporte de pessoas para vacinação contra a covid-19”. “A prioridade dada ao combate à pandemia e aos seus efeitos obrigou o município a mobilizar grande parte dos trabalhadores afectos ao “ferryboat” para o transporte escolar, o transporte de pessoas para o centro de vacinação e a limpeza de viaturas e equipamentos, tarefas que a Câmara Municipal não quer colocar em risco e das quais, não abdica”, sustenta uma nota do município.
O ferryboat Santa Rita de Cássia começou a cruzar o rio Minho em 1995.
Está parado desde Janeiro, quando foi decretado pelo Governo o segundo confinamento geral devido à pandemia de covid-19 e que implicou o encerramento de fronteiras com Espanha, que reabriram em Abril. Ontem, dia 21 de Junho, os vereadores do Partido Social Democrata de Caminha apresentaram uma proposta para que se coloque “imediatamente” o ferry a funcionar. “Não pode um presidente da Câmara andar a regozijar-se da abertura das fronteiras nos municípios vizinhos, por necessidade de aparecer nas notícias regionais e nacionais em época pré eleitoral e, em sentido inverso, manter a ligação de Caminha a La Guardia bloqueada por decisão do próprio executivo”, referem em nota.
A oposição laranja também lamenta que nestes meses não se pensou em por o concelho a funcionar em pleno, assim que as directivas de confinamento ficassem mais libertas”. Sabia-se que era importante ter o ferry boat a funcionar assim que fossem levantadas as medidas de encerramento dos estabelecimentos e, portanto, era obrigação da Câmara Municipal arranjar alternativas para colmatar as falhas que existissem”.
Ainda no âmbito da falta de funcionários os vereadores do PSD recordam que “a contratação, se necessário, de pessoal para fazer frente à pandemia estava e continua prevista na lei. Poderiam tê-lo feito e podem fazê-lo agora”.
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