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Há uns anos um quilo de meixão valia 500 € ou 600 €, mas hoje em dia rende menos de metade. Já iniciou uma nova lua para a apanha do meixão do rio Minho e que se prolongará até dia 29 de Dezembro. Esta é a altura em que os pescadores se dedicam de corpo e alma nesta actividade dura e que é o sustento de muitas famílias.
Em Portugal, a captura do meixão somente é permitida no rio Minho, mas a tentação do lucro é enorme e todos os anos a GNR através de acções de fiscalização apreende quilos e quilos de meixão que são capturados de forma ilegal noutros rios portugueses. Este ano cerca de 120 embarcações estão legalizadas para a actividade. Augusto Porto, presidente da Associação de Pescadores do rio Minho, revelou que “a pesca do meixão tem sido sustentável verificando-se uma retoma da espécie em relação ao quase desaparecimento desde o início do século.
Sem dúvidas a captura ilegal repercute no preço praticado no rio Minho e seria “fundamental para a conservação da espécie a legalização em todo o território nacional visto que a pesca não controlada tem um efeito devastador, provocando perdas nas comunidades piscatórias e favorecendo a clandestinidade. Preservar não é declinar o trabalho do estado na conservação de uma espécie em risco.
O rio Minho é o exemplo claro que o melhor controlo para a sobrevivência da enguia são os moldes de pesca praticados nas nossas aguas que auto se controla através dos pescadores e das artes utilizadas sendo mais fácil a fiscalização por parte das autoridades e biólogos”, salientou Augusto Porto.
Em Espanha, onde é muito apreciado, chamam-lhe "angulas"e chega a custar nos restaurantes mais de 1000 €.
O meixão tem a forma típica da enguia, mas o corpo é transparente e bastante mais pequeno (mede entre 4 e 5 centímetros). Nasce no mar dos Sargaços (no meio do Atlântico) e viaja depois até aos rios europeus. Isto porque, no Outono, as enguias adultas partem dos rios para o mar dos Sargaços, onde desovam a profundidades elevadas.
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