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Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira e Arcos de Valdevez dizem estar “fartos” dos erros cometidos pela empresa Águas do Alto Minho … Estes sete municípios detêm 49% da empresa, que começou a operar em Janeiro de 2020, sendo Os restantes 51% detidos pelas Águas de Portugal.
“Uma enorme desilusão” é como classificaram o desempenho das Águas do Alto Minho e, ainda, acrescentaram que os “erros grosseiros na facturação, documentação incompreensível, desvalorização da leitura efetuada pelos consumidores, deficiente atendimento e falta de recursos humanos, marcaram o primeiro ano de vida ”da empresa com “tremendo desgaste para a credibilidade da Parceria e dos seus acionistas”.
Os autarcas dos sete municípios reuniram e decidiram dar um “basta de erros, basta de promessas, basta de facturas fora de horas, basta de códigos de pagamento caducos, basta de valores exorbitantes, basta de estimativas irrealistas, basta de telefones não atendidos, basta de comunicação errática”.
Recordar que em Abril de 2020, a facturação foi suspensa após terem sido detectados erros “que afectaram 15 mil pessoas”,. A regularização desses consumos iniciou em Janeiro.
Os presidentes de câmara de Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira e Arcos de Valdevez sublinharam ter recebido a garantia do conselho de administração das Águas do Alto Minho que “a última factura emitida, a que se juntou a famigerada factura amarela de correção da suspensão da faturação, será a última influenciada pelos problemas resultantes da agregação entre os sete Municípios. Um “novo ciclo de relação da Águas do Alto Minho com as pessoas” foi outra das garantias avançadas.
“Os Municípios exigem que se vire uma página na dececionante vida da Águas do Alto Minho, projectando-a para o futuro, reforçando a relação com as pessoas e qualificando o serviço prestado. Este novo ciclo tem que ser um ciclo de credibilização, de dedicação à comunidade e de investimento. Um ciclo que represente as razões fundamentais que justificaram a aposta dos Municípios na empresa e no nosso parceiro Águas de Portugal” sublinharam os autarcas minhotos.
“A Águas do Alto Minho tem que mudar de vida! Os Municípios esperam máximo rigor e empenho” e também dizem precisar de “mais investimento em redes de água e saneamento e de melhores mecanismos de controlo de qualidade. Precisamos de maior eficácia no terreno, na realização de ramais, na colocação de contadores ou na reparação de ruturas. Precisamos de mais e precisamos de melhor”.
Os autarcas dos sete municípios ainda pediram “um sincero pedido de desculpas às pessoas que representam.
Recorde-se que desde a sua entrada em actividade em Janeiro de 2020, as Águas do Alto Minho está debaixo de críticas por causa do seu desempenho. Há relatos de erros grosseiros de facturação ", sendo um dos mais emblemáticos, o caso de um munícipe de Vila Praia de Âncora, que no ano passado, recebeu uma factura de mais de 52 mil euros para pagar.
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