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Fundada a 29 de Abril de 1923 com a designação de – Grémio do Minho – alterou depois seu nome para - Casa de Entre Douro e Minho - e finalmente – Casa do Minho – o seu registo actual, como instituição representante na capital das tradições regionalistas das três dezenas de municípios.
Para assinalar a efeméride, a direcção presidida por Paulo Duque, organizou no passado fim de semana um vasto programa, em colaboração com a Junta de Freguesia do Lumiar. Para além das iniciativas populares com descantes musicais, designadamente arruadas de bombos, concertinas, grupos folclóricos, Dj, teve lugar uma sessão solene. No encontro, há a destacar a presença do deputado municipal do Partido da Terra, José Inácio Faria, e do vereador Ângelo Pereira, dos pelouros de Higiene Urbana, Desporto e cemitérios.
Nas suas intervenções, salientaram o regozijo pelos cem anos de vida e actividade da entidade homenageada, tendo o jurista e dirigente do partido ecologista, anunciado a apresentação dum voto de reconhecimento na próxima assembleia municipal, convocada para 9 de Maio, em parceria com o colega Jorge Nuno Sá, do partido Aliança. No prosseguimento de congratulação pelo trabalho desenvolvido pela Casa do Minho, Inácio Faria adiantou ainda a entrega da “proposta para atribuição da medalha de mérito municipal, no grau ouro”.
Mas, nesta efeméride convém recordar aqui, algum período aúreo da Casa do Minho, designadamente nos meados do século passado. Com a posse de Artur Maciel (1900-1977), um originário santamartense, Viana do Castelo, jornalista e escritor, a Secretário Geral em 1952, seguido de Presidente (até 1962) e reconduzido para a década de 1965-1975, muitas foram as actividades. As áreas da gastronomia e da cultura, com a instituição a afirmar-se verdadeira embaixadora da província mais a norte do país em Lisboa, foram marcantes. Numa breve pesquisa, podemos elencar: Jantar dos Vinhos Verdes, onde o bacalhau no forno e cabrito, acompanhavam; outros, da lagosta dos viveiros vianenses, da lampreia e do sarrabulho, por exemplo, tudo num objectivo: servir na sede do país, a cozinha genuína portuguesa, regional minhota e seus afamados vinhos, onde cheiros e aromas erravam nessas horas de amesendados encontros na rua Vitor Cordon, cujas instalações ainda visitamos com o saudoso amigo e escritor, jornalista e crítico literário, o arcuense Amândio César (1921-1987), ou o Presidente da Sociedade de Língua Portuguesa, António Pinho, e outros tertuliadores da Brasileira do Chiado, in illo tempore!