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Satisfação da população portuguesa enfrenta múltiplos desafios
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16 de Janeiro de 2024, por João Pires
A insatisfação com diversas questões cruciais tem sido uma fonte crescente de preocupação para os portugueses. Os impostos elevados, os baixos rendimentos, a escalada do preço na habitação e a corrupção estão entre as principais preocupações que afectam a nação.
Inflação
Por fim, a escalada inflacionista, ou a subida generalizada dos preços em produtos e serviços nos últimos anos tem pressionado os portugueses. Os serviços de telecomunicações, por exemplo, têm sido alvo de subidas de preços, enquanto o cacau, o açúcar e o azeite também tiveram aumentos significativos. O preço do azeite disparou 75% desde janeiro de 2021 até finais de 2023.
Saúde
Os hospitais enfrentam dificuldades em lidar com as necessidades dos cidadãos, em determinadas épocas do ano. No início do ano, a gripe A representa 96% dos casos de gripe que chegam aos hospitais, causando sobrecarga nas urgências do SNS e longos tempos de espera.
Habitação
Um dos problemas mais evidentes é o custo exorbitante da habitação em Portugal, particularmente na capital. Desde 2019 até 2023, os preços das casas para compra aumentaram 48%, representando o maior aumento em 30 anos. Um dos motivos é que o ritmo de construção de novas casas não acompanha a procura, por falta de mão-de-obra.
Professores
Os professores também estão profundamente insatisfeitos e muitos deles estão arrependidos de ter seguido esta carreira, apesar da sua paixão pelo ensino. De acordo com dados da OCDE, Portugal tem uma das taxas mais altas de professores insatisfeitos, com 22% deles arrependidos de terem escolhido a profissão. A «municipalização dos concursos» para docentes foi a gota d'água que levou a um clima de guerra instalada entre os professores.
Polícias
Outro grupo insatisfeito são os polícias, que enfrentam problemas salariais e restrições quanto a férias e pré-reforma. Cerca de 68% dos agentes da PSP estão sindicalizados, demonstrando o nível de insatisfação que existe.
Jovens
Muitos jovens portugueses (https://www.luso.eu/colunistas/opiniao/os-jovens-sao-a-geracao-que-parte.html) estão a optar por emigrar devido à falta de perspectivas de futuro e aos baixos salários em Portugal. Eles também têm dificuldade em sair da casa dos pais, vivendo com eles por mais tempo do que o desejado. Torna-se frustrante para os jovens não conseguirem ser independentes dos pais.
Em suma, a insatisfação e as várias preocupações tem-se tornado cada vez mais presentes na sociedade portuguesa, influenciando a vida dos cidadãos nas áreas financeira, habitação, emprego e saúde, educação, justiça entre outras.