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Foi apresentado, no passado dia 9 deste mês, o último livro de um amigo antigo, de sempre! Que a comunidade na Bélgica (re)conhece bem. Reformado, Joaquim Tenreira Martins, foi alto funcionário na Embaixada de Portugal, onde exerceu funções de contacto directo com as pessoas, assumindo com paixão, o cargo de Assistente Social e Jurídico. É natural de Vale de Espinho, Sabugal – centro noroeste de Portugal. Diplomado em Teologia é também licencido em Ciências Políticas e em Direito. O seu bom sentido de humor acompanha-o também na apresentação dos seus livros e já são alguns, para não citar o “Rostos das Emigração”. A sua veia literária vem dos tempos de criança, sabiamente transmitidos pelo pai, de quem continua a falar com emoção, tantas foram as peripécias que juntos viveram. Falar do pai é abordar o sentido profundo da solidariedade, da cooperação e da proximidade. Mestre e profeta de um tempo muito difícil. Com permanentes acções de beneficiência, tantas vezes de arrojados contornos. Uma vida dedicada aos outros, por vocação e capacidade. Por amor e carinho pelo próximo!
Livraria “la petite portugaise” – Bruxelas dinamizou no seu espaço, cheio de simplicidade, mais esta iniciativa cultural. Um local de todos e para todos, na promoção daquilo que somos e temos. Uma livraria ao serviço da comunidade portuguesa e da lusofonia, mas também toda a diversidade da sociedade de acolhimento. Numa sublime harmonização sociocultural, disponível e aberta a qualquer iniciativa. Parabéns às suas responsáveis, pela perseverança e pela dinâmica, cuja acção é dinamizar e servir. Um especial agradecimento à D. Elisabete Soares, pela simpatia, pelo acolhimento e pela participação activa nesta apresentação literária.
Joaquim Pinto da Silva o homem e os livros! Dedicado amigo, numa imparável dinâmica, de envolvimento e de promoção, das letras e da literatura, da arte e do conhecimento. Prestigiante orador fez mais esta apresentação, envolta de muito interesse. Miticulosamente preparada, deixou vincada a sua apetência pela obra ali apresentada. Entre o romance e a ficção, entre uma realidade crua e dura, quiça incongruente e misteriosa; a “narrativa que ainda falatava”, evoca um tempo e circunstâncias particulares; de fuga, de lutas, de contestação e de mudança. De transparência e denúncia, de revelação! E também de uma certa nostalgia, até porque se trata de um passado, marcado por sérios enredos, experiências e muita aprendizagem. A Igreja, os seminários, a hieraquia, a formação, o próprio sacerdócio envolto de uma pesada solidão, o caminho para uma pastoral dinâmica e de proximidade, as paróquias e os paroquianos, o futuro... Este livro, “No Seminário Maior”, não foi escrito para enfeitar uma qualquer biblioteca e pode ajudar a encontrar novos caminhos, outras perspectivas. Intenso, cheio de interesse encontra no leitor, a reflexão que faltava fazer sobre uma realidade oculta na vida e na história de Portugal. Bem haja ao seu autor, sempre a surpreender e a todos que com ele fazem caminho, incluindo os seus leitores e amigos.
De facto e cito: “A literatura é uma defesa contra as ofensas da vida”. CP