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Jean Lemaître, o jornalista belga que há anos passa temporadas no nosso país, desenvolveu uma ligação tão grande a Portugal que já assinou um livro sobre Grândola e outro sobre a teoria de que Colombo era português, a Comuna da Luz.
O último trabalho (agora em francês) " La COMMUNE DES LUMIERES, une utopie libertaire (Portugal, 1918), Editions OTIUM Paris.
Conta a história de uma comuna anarquista, a Comuna da Luz, fundada no início do século passado, numa aldeia do Alentejo rural de Portugal, no decorrer da primeira grande guerra (1914-1918).
A história debruça-se sobre as dificuldades sofridas pelo povo, desde a fome à miséria, mas não ignora a solidariedade demonstrada por muitos, nomeadamente quando sapateiros com as suas famílias, partilham o mesmo espírito cooperativo e dividem em partes iguais o fruto do seu trabalho.
Para as crianças da Comuna da Luz, foi criada uma escola com pedagogia ativa e emancipadora, a qual reflectia sobre o modelo de ensino alternativo promovido por Francisco Ferrer em Espanha. Isto porque, para se mudar o mundo, e libertá-lo da servitude capitalista, seria necessário, antes de tudo, de jovens educados, livres de pensamento.
A origem desta experiência pioneira dá-se com Antonio Gonçalves, um humilde comerciante ambulante. O seu objectivo, com a Comuna da Luz, era de mostrar o exemplo, de provar que era possível reproduzir experiências similares que poderiam expandir aos trabalhadores das cidades e dos campos.
Esta comuna data de há mais de cem anos, no entanto, não foge à realidade da actualidade. Ela inspirara, se calhar, estes numeráveis idealistas que hoje procuram incarnar uma realidade tangível do sonho de liberdade, igualdade e fraternidade.
Está disponível (em bancas ou sob pedido) em todas as livrarias da França, Bélgica e Suíça. 170 páginas