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A livraria Filigranes continua a promover e a acarinhar a literatura de expressão portuguesa. Desta feita, com a apresentação da obra “Viagem a Samaria”, de Aurélio Crespo.
Licenciado em direito pela Universidade de Lisboa e mestre em Política Internacional pela Université Libre de Bruxelles, Aurélio Crespo exerceu, a partir de 1976, advocacia e consultoria de empresas em Lisboa, tendo, em 1987, passado a trabalhar para a Comissão Europeia como jurista e em cargos de chefia. Em 2007, foi nomeado Secretário-Geral da Agência Europeia do Controlo da Pesca, sediada em Espanha.
A sua experiência de trabalho fora de Portugal, da terra-natal que se deixa por vontade ou imposição, é, em grande parte, o tema desta sua obra.
O leitor é conduzido, pelo olhar de Pedro, há muitos anos a trabalhar nas instituições europeias, a uma aldeia chamada Samaria, cuja localização o leitor em vão procurará, dado que Samaria é apenas uma criação literária, a aldeia isolada, no interior do Portugal profundo e rural, que existe ainda, e apenas, na memória de muitos portugueses.
É uma viagem a um mesmo lugar, mas a dois tempos distintos: 2013, o tempo atual, onde o protagonista reencontra antigos amigos, com quem debate ideias e preocupações; e o tempo da sua infância, há mais ou menos 50 anos, as vivências das gentes, com os seus hábitos, costumes e crenças. É uma viagem pela memória, mas também pelas questões da atualidade, analisando as matérias objeto de um certo descontentamento comum e propondo soluções, apontando caminhos e esperando resoluções.
Carlos Pereira, jornalista, diretor do Lusojornal, docente na Sorbonne, colaborador da RTP, e Joaquim Tenreira Martins, que exerceu funções de conselheiro nos Serviços Sociais e Jurídicos da Embaixada de Portugal em Bruxelas (também autor de “Rostos da Emigração” e “Visages de l’Emigration Portugaise”) fizeram as honras de apresentação da obra com análises diversas, questões pertinentes, curiosas e até controversas que despertaram o interesse dos leitores e muito enriqueceram as leituras que certamente se seguirão.
A apresentação da obra foi introduzida por um dueto de cavaquinho e viola, por António Fernandes, que também encerrou brilhantemente o evento ao som da música tradicional portuguesa.