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O município de Ponte de Lima, as Companhias de Teatro Art ´In Facha, da freguesia do mesmo nome e o GACEL (Grupo de Acção, Cultura e Estudos Limianos), da Ribeira, decidiram recriar o ambiente local que há 120 anos levou o escritor Delfim Guimarães (1872-1933), a escrever O ROSQUEDO. Cenas da Vida da Província. Minho . Ponte de Lima, um documento pouco vulgar no mercado de alfarrabistas.
A obra, lançada em 1904, teve uma segunda edição em 1912, e terceira e última, em 2008, esta com prefácio e identificação das personagens de nossa autoria.
O trabalho para a reedição da peça de teatro na Primavera de 2024 arrancou há dias, com o amigo Domingos Morais, Presidente do GACEL a rever o respectivo Guião. Entre as alterações, salientemos diálogos, trajes e adereços, recriação de factos ou acontecimentos relatados na obra de Delfim Guimarães.
Mas, depois desse conteúdo dramaturgo apresentado em 2020, como único tributo ao autor do apreciado romance limiano, a nova representação será repartida em dois dias. Além do espectáculo no “Diogo Bernardes” na vila de Ponte de Lima, haverá uma semana antes, uma tarde dedicada a visitas aos locais do rosquedo, isto é o teor das narrativas delfinianas como: a primitiva sede da Assembleia Limarense, e a mercearia do Cachapuz (que mais parecia um centro comercial), ambas no adro da Matriz; o Café Camões (hoje Havaneza), a residência do escritor no Bairro das Pereiras, entre outros ícones mundanos ao tempo.
E, tal como em duas evocações de escritores e figuras de relevo nacional, o poeta, diplomata e gastrónomo António Feijó, e o grande proprietário agrícola e inovador na área, também poeta António Vieira Lisboa, o Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, associa-se ao evento. A esse grupo de promoção dos produtos locais no país e estrangeiro, competirá com seus parceiros, a recriação da merenda ou jantares daqueles tempos, onde as iguarias doces e salgadas, e o verdasco branco satisfarão os convivas.