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Lisboa, 21 ago (Lusa) - O Benfica complicou hoje o apuramento para a Liga dos Campeões de futebol, ao consentir um empate a um golo na receção ao PAOK, na primeira mão do 'play-off', disputada no Estádio da Luz.
Na noite quente da Luz, a equipa comandada pelo treinador Rui Vitória - hoje sem o habitual titular Salvio - ficou a dever a si própria uma vitória e uma margem mais confortável sobre o vice-campeão grego, face ao gritante desperdício de ocasiões claras de golo, e acabou castigada sem surpresa pelo pragmatismo do adversário.
Muito superior ao 'cinzento' Fenerbahçe que o Benfica ultrapassara na terceira pré-eliminatória, o PAOK mostrou o porquê de ter já deixado Basileia e Spartak Moscovo pelo caminho. Bem organizados pelo técnico Razvan Lucescu, os gregos foram sempre um adversário incómodo, muito objetivo e com a ambição a fluir nas iniciativas de Pelkas, Crespo e (o decisivo suplente) Warda.
Com apenas cinco minutos de jogo, os adeptos do Benfica já gritavam golo por causa de Gedson Fernandes, mas o jovem médio viu ser-lhe assinalado fora de jogo. O aviso mereceu resposta quase imediata dos helénicos, que não hesitaram em assumir algum controlo e ameaçaram por Prijovic e Cañas.
Depois de uma fase mais incaracterística e com o jogo dividido, o Benfica 'despertou' e imprimiu outra velocidade ao encontro. Com Pizzi - o médio que se tornou goleador nesta época - a distribuir e finalizar quase em simultâneo, assistiu-se então a uma sucessão de oportunidades clamorosas, perdidas na ineficácia 'encarnada'.
Foi já após a fase de maior assédio do Benfica à baliza de Paschalakis que surgiu finalmente o golo. Uma grande penalidade a castigar uma falta sobre Gedson Fernandes na área foi bem aproveitada por Pizzi para se redimir das anteriores tentativas e dar vantagem ao Benfica já em tempo de descontos sobre o intervalo.
O golo galvanizou o Benfica para uma entrada mais forte no segundo tempo, com Ferreyra e Grimaldo, ambos em dose dupla, a testarem em poucos minutos a atenção do guarda-redes grego. Nesse período, Lucescu lançara já Warda, uma 'cartada' que se revelaria determinante para a história da partida.
A pressão do Benfica começou a deixar o jogo mais aberto. E se é verdade que esteve perto por várias vezes do segundo golo, é igualmente certo que revelou espaços que o PAOK não rejeitou e soube aproveitar em pleno.
Após alguns contra-ataques e outras transições rápidas, o empate que penalizava o desacerto do Benfica chegou num livre. Varela subiu mais alto do que todos e cabeceou à trave, com a recarga a cair nos pés de Warda. Ato contínuo, o número 74 da equipa grega finalizou com um remate seco e sem hipóteses para Odisseas Vlachodimos.
À aposta em Rafa Silva juntaram-se de seguida as entradas de Seferovic e João Félix. As tentativas de Rui Vitória quase eram premiadas, mas, tal como se vira em tantos outros lances, a ineficácia andou sempre a par dos jogadores do Benfica.
O Benfica parte agora em desvantagem para a segunda mão do 'play-off' com o PAOK, que se disputa na Grécia no dia 29, e corre o risco de falhar a Liga dos Campeões e ser relegado para a Liga Europa.