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O Partido Socialista afirmou hoje ter conquistado os dois mandatos do círculo da Europa na repetição das eleições legislativas, segundo o cabeça-de lista do partido por este círculo, Paulo Pisco.
Com apenas cinco mesas por contar, o PS reúne 34.162 votos e o PSD 15.585, segundo os resultados provisórios, o que significa que Paulo Pisco e Nathalie de Oliveira, ambos socialistas, serão os dois deputados do círculo da Europa na Assembleia da República, disse Pisco à Lusa.
Na votação inicial, em 30 de janeiro, o PS tinha conquistado um mandato e o PSD outro, mas após a anulação de 80% dos votos deste círculo, o Tribunal Constitucional declarou a nulidade das eleições na Europa, que foi repetida este mês.
Com este resultado, que Paulo Pisco diz ser "irreversível", o Partido Socialista garante um total de 120 dos 230 assentos parlamentares.
“Este resultado representa uma manifestação muito clara da confiança dos portugueses na Europa relativamente ao Partido Socialista e também uma grande lição para todos aqueles que acham que podem instrumentalizar as nossas comunidades”, disse Paulo Pisco à Lusa.
O deputado socialista enviou também “uma palavra muito especial a todos os portugueses eleitores na Europa que não desistiram de votar na repetição das eleições”.
“Havia desânimo, mas eu creio que todos compreenderam que o seu voto era verdadeiramente fundamental para dar força e voz às nossas comunidades na Assembleia da República e também no nosso país”, acrescentou.
O deputado afirmou ainda que 109 mil eleitores votaram na repetição de 12 e 13 de março, mais do que os 107 mil votantes do círculo da Europa em 2019, mas menos do que os 195 mil eleitores que participaram nas eleições de 30 de janeiro.
A contagem de votos dos emigrantes inscritos no círculo da Europa, que repetiram as legislativas de 30 de janeiro, termina hoje em Lisboa.
Na origem da repetição das eleições esteve a falta de uma cópia do documento de identificação em numerosos votos de emigrantes, que motivou a anulação de mais de 157 mil votos, 80% do total.
Chamado a pronunciar-se sobre a anulação desses votos, o Tribunal Constitucional (TC) declarou a nulidade das eleições nestas assembleias, o que obrigou à sua repetição, atrasando a constituição do novo parlamento e a posse do Governo.