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O poder político e a força eleitoral que ganharam. Refiro-me aos emigrantes portugueses.
Por conta de uma decisão justa e corajosa do atual governo, com o recenseamento eleitoral automático para os residentes no estrangeiro, estes passaram de cerca de 300 mil eleitores para mais de 1,4 milhões. Ou seja, uma percentagem muito relevante face ao universo total de eleitores em Portugal.
Isto quer dizer que a diáspora portuguesa ganhou com o atual governo uma importância cívica e política, para além da sempre elogiada relevância económica (as divisas) e cultural (mercado da saudade).
Não será com certeza alheia a tudo isto a decisão - inaudita e também ela corajosa - do atual Ministro dos Negócios Estrangeiros concorrer a deputado pelo Círculo Fora da Europa, trocando assim o conforto de um lugar elegível no círculo do Porto pela incerteza desafiante, mas merecedora por certo do acolhimento dos emigrantes.
Enfim, abre-se um tempo novo para, politicamente falando, as comunidades portuguesas usarem a força do voto, reivindicar e influenciar a condução do país. Esta cidadania ativa é uma oportunidade que não se pode perder!