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O estado de emergência que nos foi imposto teve como grande razão de ser o evitar do colapso do nosso sistema nacional de saúde, por uma possível disseminação descontrolada da COVID-19 entre a população portuguesa.
Mais de um mês depois, cumpre reconhecer que esse objectivo tem sido plenamente conseguido, sobretudo pelo sentido cívico demonstrado pela generalidade dos portugueses.
Por isso mesmo, porém, importa começar a virar a página do estado de confinamento geral, a exemplo do que está a acontecer noutros países do espaço europeu. De outro modo, arriscamo-nos a morrer não do vírus, mas da “cura”: com uma queda de mais de 10% do nosso PIB e mais de meio milhão de desempregados.
Por tudo isso, Nós, Cidadãos! congratulamo-nos com a reabertura gradual da nossa economia. Sabemos que a disseminação do vírus irá continuar, mas o país não pode continuar parado até à descoberta de uma vacina (que só chegará, na melhor das hipóteses, no final do ano). Temos, pois, em prol do nosso futuro comum, de começar a virar esta página.
Infelizmente, ao contrário de que apregoam certos partidos, sabemos que isso não poderá ser feito sem austeridade – como é cada vez mais evidente, os partidos que apregoam hoje a não austeridade estão a mentir. Importa, porém, que essa austeridade inevitável seja, ao contrário do que aconteceu no passado recente, devidamente repartida por todos, poupando, tanto quanto possível, as camadas mais frágeis da nossa população. Como sempre, o Nós, cidadãos! está disponível para a procura das melhores soluções em prol do Bem Comum.
Precisamos, em suma, de um novo paradigma económico-social. Se pretendermos apenas retomar o paradigma pré-pandemia, a desigualdade económico-social aumentará ainda mais. Neste “novo normal”, a normalidade tem que deixar de ser o que tem sido: o Estado ser forte com os fracos e fraco com os fortes. Não podemos cometer os mesmos erros do anterior período de austeridade, em que os mais fortes (e, dentro destes, os bancos) foram os mais protegidos, como ameaça, de novo, acontecer. Todos Nós, Cidadãos!, não aceitaremos isso.