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Os membros do Volt Portugal aprovaram em Congresso a introdução nos estatutos do partido o modelo de co-liderança por duas pessoas de géneros não-coincidentes. A decisão ainda terá de ser aprovada pelo Tribunal Constitucional.
O 3º Congresso de Membros do Volt teve lugar online este sábado, 21 de janeiro, e iniciou-se com um minuto de silêncio pelas vítimas do conflito que decorre da invasão da Ucrânia. Foram discutidas e votadas alterações aos Estatutos que reforçam o alinhamento do Volt em Portugal com os restantes capítulos do Volt na Europa, além de uma vontade de simplificação administrativa e empoderamento das bases.
O ponto máximo do encontro foi o reconhecimento estatutário do modelo de co-liderança por duas pessoas de géneros não-coincidentes garantindo a igualdade nas posições de liderança. Iniciativa única em Portugal e defendida pela equipa de Ana Carvalho e Duarte Costa, que venceu as eleições internas do Volt Portugal em 2022 apoiando o funcionamento deste formato “amplamente testado e com êxito reconhecido nos vários capítulos nacionais do Volt na Europa”, afirma Ana Carvalho, co-presidente do Volt em Portugal. “A experiência do Volt por toda a Europa e também a nossa neste novo mandato em Portugal, tem sido que duas cabeças diversas presidem melhor do que uma”, esclarece a co-presidente do Volt Portugal.
Para o também co-presidente do Volt Portugal, Duarte Costa, liderar pessoas e organizações exige para além de uma visão estratégica sólida, a sensibilidade de entender e mobilizar pessoas diferentes. “Uma co-liderança diversa tem melhores condições de compromisso, de entender realidades diversas e de tomar decisões mais representativas dessa pluralidade”, afirma.
Ele reforça ainda que o Volt, enquanto maior partido pan-europeu presente em 31 países, já é por si uma das maiores inovações políticas de sempre na Europa. “Mas para além de políticas pensadas em âmbito europeu, queremos também novas formas de fazer e liderar em política. Entre elas, queremos co-lideranças que assegurem a igualdade de género, não só enquanto garantia, como também de boa prática de decisão e representação", finaliza Duarte.
Ambos os co-presidentes manifestaram estarem satisfeitos com as decisões democraticamente tomadas pelos membros do partido e esperam ver a sua validação pelo Tribunal Constitucional no decorrer de 2023.
O que é o Volt?
O Volt é um partido pan-Europeu, presente em 31 países, reconhecido como partido em 18 deles e que conta com mais de 100 mandatos eleitos em todos os níveis de administração e cerca de 20.000 membros em todo o continente. É progressista e foi criado como movimento em março de 2017 em reação ao Brexit, aos populismos, aos extremismo, ao cepticismo sobre a União Europeia e aos nacionalismos. É um partido pragmático, fundamentando as suas propostas na evidência científica e nas boas práticas. As suas políticas são elaboradas pelas bases do partido e posicionam-se num espectro liberal, social e ecologista. Em Portugal surgiu em dezembro de 2017 e foi formalizado em 2020.
Qual é a nossa visão?
Queremos uma Europa verdadeiramente unida, democrática, solidária e inclusiva, que valorize as pessoas. Uma Europa que lhes permita fazer parte da solução para os desafios que enfrentam. Defendemos uma União Europeia federal com presidente e governo eleitos, bem como uma mais consistente integração política, social e económica.
Quais são os nossos valores?
A dignidade humana, a igualdade de oportunidades, a liberdade, a sustentabilidade, a justiça e a solidariedade. Somos livres de ideologias de esquerda ou de direita e estamos focados em encontrar as melhores soluções para todas as pessoas.