Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
E se para o aluno, a avaliação deve constituir-se como estímulo, informação, orientação e prémio, e em circunstância alguma entendida como castigo ou rotulagem de incompetência, ou atraso mental; para o professor, trata-se de uma função complexa que lhe proporciona oportunidades únicas para aperfeiçoar seus procedimentos de ensino/orientação/tutoria, com um sentido orientador, em suma, sendo uma função complexa, ela é nobre, porque lhe proporciona a realização da sua própria introspeção.
A responsabilidade de quem avalia é inquestionável, porque de uma avaliação, justa ou injusta, pode depender o futuro de um jovem, de um profissional na sua carreira, da evolução individual e/ou coletiva de um grupo. Avaliar é julgar, e quem julga deve munir-se de todos os meios ao seu alcance, legais, irrefutáveis, verdadeiros e justos, com os quais formará, conscientemente, a convicção de que está a ser correto e equitativo.
A Deontologia Profissional do professor é fundamental no julgamento que vai fazendo dos seus alunos e, tal como o juiz, em processo judicial, que julga a partir dos factos, inequivocamente provados, e da convicção que forma em sua consciência, sobre o caso concreto em apreciação, podendo resultar danos incalculáveis, injustiças e consequências irreparáveis ao condenar um inocente, também o professor será responsabilizado pelo futuro de uma pessoa, de um grupo profissional e até de uma sociedade inteira.
Uma ética da justiça no sistema educativo, centralizada no aluno e no processo de avaliação, é essencial para a formação de cidadãos íntegros, competentes e justos. Na formação dos cidadãos do futuro, não há caminho que não tenha que passar pela trilogia: Educação-Aluno-Professor.
São estes os elementos fundamentais, entre outros, igualmente importantes, para uma nova sociedade. A responsabilidade é pesada para todos: sistema educativo nos seus organismos competentes; alunos quanto ao seu empenhamento; professores éticos-pedagogicamente competentes; encarregados de educação vigilantes e cooperantes; sociedade esclarecida e atuante. Bolonha e o Ensino Superior não devem ser ignorados, todavia, prudentemente aplicados e desenvolvidos, respetivamente.