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Por vezes deparamo-nos com situações, numa sociedade em que prevalece muito mais o TER do que o SER, ser pessoa verdadeiramente humana, digna e respeitada, independentemente do seu estatuto social. Pensa-se que seja verdade que uma parte significativa dos nossos jovens, não cuidam como lhes devia, dos mais idosos, daqueles que, afinal, quantas vezes com imensos sacrifícios, os colocou bem na vida, proporcionando-lhes os meios minimamente suficientes, para prosseguirem estudos, obterem uma graduação ou mesmo um mestrado e assim entrarem no mercado de trabalho, com mais facilidades e melhores condições do que os seus pais e os seus avós, de resto, ainda hoje, terceira década do século XXI, assim acontece.
A tão propalada solidariedade Intergeracional, nem sempre ocorre de forma sincera e respeitável, antes pelo contrário, há quem adira, na qualidade de voluntários, aos “Bancos Solidários”, para recolher fundos e bens comestíveis, a fim de serem doados a famílias e instituições e, decorridos esses eventos, olham para os mais idosos, como se fossem um peso na sociedade, chegando mesmo ao desplante de afirmarem que são alguns eles, esses mesmos jovens, que estão a pagar a aposentação, esquecendo que tais idosos, na sua maioria , já trabalharam muito, fizeram imensos sacrifícios e sujeitaram-se aos descontos que lhes eram exigidos para um dia usufruírem de uma velhice tranquila. Quantos destes idosos descontaram quase uma vida inteira: trinta, quarenta, cinquenta e mais anos? Têm sido muitos.
Hoje, muitos desses mesmos provectos, são considerados descartáveis, marginalizados e vítimas das mais diversas violências. Afinal, onde está a solidariedade Intergeracional?