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Respeitando as religiões que: cada povo, cada instituição, cada pessoa, professam, e desejando-se igual comportamento, a verdade é que os crentes numa Entidade Divina, têm necessidade de nela acreditar, e a ela recorrer sempre que se encontrem em situações-limite, principalmente quando tudo parece estar perdido, designadamente a saúde e, mesmo os não-crentes, de quando em vez, lá vão proferindo o nome de Deus, ou até de um Santo.
Em Portugal, o mês de maio é muito especial para os católicos, fundamentalmente para aqueles que desde há muito tempo, interiorizaram uma Fé e Esperança ilimitadas em Nossa senhora de Fátima, cujas celebração, homenagem e ação de graças, têm o seu ponto alto, no dia treze de maio, precisamente no Santuário de Fátima.
A religião faz parte da cultura de um povo e, já em tempos imemoriais, a ela se recorria para os mais diversos fins: recuperar a saúde perdida; receber uma proteção em cenários perigosos, e, por via disso, por exemplo, ainda hoje se assiste ao “cumprimento de promessas” que, por ocasião das guerras, as pessoas imploravam auxílio e proteção, em “troca” da obrigação de um “voto”.
Tal como acontece um pouco por todo o mundo, também em Portugal, ao Santuário de Fátima, acorrem milhões de pessoas todos os anos, imbuídas de profunda Fé, e imensa Devoção em Maria, à qual agradecem as Graças que, por sua intercessão, receberam de Deus, relativamente a pedidos que, entretanto, foram feitos para resolver situações que escapam à ciência, à técnica e à tecnologia.
Ousar criticar esta postura dos crentes, poderá revelar uma enorme falta de respeito, uma “pseudo-supremacia” e, provavelmente, um materialismo exacerbado. O contrário, sem dúvida, é, igualmente, inaceitável ou seja: os crentes censurarem os não-crentes, até porque se deve partir do princípio, segundo o qual, a liberdade religiosa é um direito constitucional inalienável, em Portugal.
Quem conhece, e visita regularmente o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, não consegue ficar indiferente: às comoventes manifestações de Fé; às emoções fortíssimas que os crentes, peregrinos de dezenas de países, revelam durante as cerimónias religiosas, em que alguns rituais levam muitas pessoas a entrar em situações incontroláveis: chorar profundamente, desmaios, nomeadamente, enquanto decorre a procissão e depois o recolhimento da imagem à Capelinha das Aparições, sendo significativo o ritual do “Adeus” em que os crentes se despedem da Virgem Santa, acenando com lenços brancos.