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O “Dia da Europa” nasceu no Conselho Europeu de 28 e 29 de Junho de 1985 e foi celebrado pela primeira vez em 1986. No Dia da Europa, 9 de Maio, festeja-se a paz e a unidade no continente europeu. A data em questão assinala a “Declaração Schuman” de 9 de Maio de 1950, a qual destacava os valores da paz, da solidariedade, desenvolvimento económico e social, equilíbrio ambiental e regional. Apresentou uma nova forma de cooperação política na Europa, que tornaria impensável uma guerra na Europa.
Estamos, pois, no final da IIª Guerra mundial, com a Europa a braços com 55 milhões de mortos e 8 milhões de prédios destruídos. Perante este cenário devastador, os dirigentes de 6 países europeus (França, Itália, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos), decidem criar o que hoje chamamos de União Europeia.
Estes fundadores partilhavam o mesmo ideal: uma Europa pacífica, unida e próspera. No fundo, a União Europeia nasce como um projecto de paz voltado para o bem-estar dos europeus. Estes seis fundadores, não fizeram um clube fechado, antes pelo contrário.
Ficou expressamente mencionado, desde a sua fundação, que outros países europeus poderiam solicitar, se assim o entendessem, a sua adesão a esta organização. E foi assim que, ao longo dos anos, passamos dos 6 países fundadores para 28. Hoje 27 devido à saída, em 2020, do Reino Unido.
A União Europeia é, sem dúvida, o maior e mais profundo projecto de integração regional existente.
Apesar disso, a Europa enfrenta, hoje, um conjunto de desafios que carecem de uma rápida resposta europeia, ainda mais perante o cenário da guerra na Ucrânia.
Um dos desafios que a Europa enfrenta, e tem de enfrentar com toda a frontalidade, é a criação de um exército único europeu. Na minha opinião, a Europa não pode continuar sem um exército europeu, que garanta a segurança e a paz ao velho continente.
Não podemos continuar a depender de terceiros para a nossa defesa e segurança. Uma das narrativas que vamos ouvindo, especialmente da parte de uma certa esquerda, é que a criação de um exército europeu acarretará custos acrescidos para os países. Certamente que sim. Mas será o preço a pagar para a nossa paz e segurança.
Um outro desafio que a Europa enfrenta, e que também se agudizou, com esta guerra, é a questão da autossuficiência europeia. Julgo que a Europa não pode continuar a não produzir e a preferir importar, apenas e só, porque é mais barato.
A Europa tem de apostar fortemente na produção interna, no máximo de sectores possíveis de modo a não ficarmos dependentes de terceiros. Chegará bem ficarmos dependentes de terceiros naquilo que não possuímos.
É hora de acabar com a idiotice das quotas de produção, de acabar com a proibição europeia de comercialização de produtos fora do calibre (coisa medonha que um qualquer rato de gabinete, sem qualquer conhecimento da realidade, inventou).
Não pode continuar a acontecer que apenas por estar um pouco mais torta ou ter algumas manchas, muita fruta, por exemplo, é deitada fora. Se se acabasse com a calibragem, a fruta e demais produtos abrangidos tornavam-se mais baratos e mais acessíveis aos consumidores.
E infelizmente muitos europeus passam tantas e tantas necessidades. É, pois, hora de apostar na produção interna e REindustrializarmos verdadeiramente a Europa para tornar isso possível. O excedente que daí possa advir, o que for possível, devemos armazenar o máximo possível, para desse modo, podermos enfrentar situações futuras.
É chegado o momento de humanizar a europa, transformá-la numa organização de rosto humano, na qual as pessoas se sintam emocionalmente envolvidas, se sintam EUROPEUS.