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“Não existe democracia onde impera a corrupção, a injustiça, a mentira e a hipocrisia” -Mauro Mende
SETENTA E DOIS MESES de permanente agonia! Em Lavradas, Ponte da Barca. Naquela noite assustadora, dramática! O incêndio que destrui a igreja paroquial, em Lavradas - Ponte da Barca, ocorreu há já seis anos! O cenário actual é de total abandono, desolador, vergonhoso, macabro!
A sua reconstrução foi apoiada pela solidariedade popular, que depressa juntou o dinheiro para a reeguer das cinzas. O próprio bispo D. Anacleto Oliveira, defendia essa reconstrução, já no ano seguinte, 2018. Havia tudo para que assim fosse, mas não foi. As divergências começaram com o jorrar de dinheiro, fonte de donativos populares. Foi aí que surgiu a tresloucada ideia de construir uma igreja nova, no lugar onde ainda existe a casa paroquial. Houve sólida contestação popular, que defendia a simples reconstrução, numa adaptação, entre o antigo e o moderno. Houve contradições e tragédias associadas! Houve silêncios transformados em gritos. Houve alertas e confrontos. Houve reportagens e muita opinião avulsa. O cinismo e a hipocrisia andaram onde menos se esperava! Enquanto tudo isto e muito mais, a receita ia aumentando, com donativos que chagavam de perto e de muito longe. As contas continuam no segredo dos deuses e as pessoas sentem-se literalmente enganadas! Ponderam mesmo recuperar o seu donativo, agora adulterado. O pecado transformou-se num crime, que nem os tribunais querem tratar. A Diocese de Viana do Castelo e o Município de Ponte da Barca protagonizaram, cada um a seu modo, situações de dúvida, omitindo dialogar, informar, estar perto daqueles que subsidiaram a obra prometida e por isso devida. A Comissão Cívica continua expectante, seis anos depois do desastre. A (DRCN) Direcção Regional de Cultura do Norte emitiu vários pareceres, no sentido e aconselhamento à simples reconconstrução da igreja. O que não foi tido em conta pela entidade que continua a possuir cerca de meio milhão de euros, cuja finalidade deve ser para reconstruir a igreja ardida e nunca a construção de um outro templo ou algo equivalente! Escavações e estudos arqueológicos já terão custado cerca de 50.000mil euros! A demolição da casa paroquial, pode ascender aos 75.000mil euros. Foi para isto que o povo deu o seu dinheiro?
Pelo que se viveu durante estes seis anos, pelos contornos e decisões, pelo autoritarismo praticado, pelo silêncio comprometedor, pelas consequências e prejuízos morais, também por aqueles que entretanto partiram e seus familiares... A Igreja Diocesana é uma desilusão, também noutros aspectos da pastoral cristã! Aconteça o que acontecer, o registo é demaisado negro! Com desregrados sinais que contradizem e negam, a própria doutrina, na mensagem libertadora do Evangelho, que lhe está intimamente associada! Esta Igreja não nos serve, a não ser para apregoar e dinamizar o inferno, na terra dos vivos! De facto, a nossa fé, a esperança e a caridade devem, mais do que nunca estar fixadas em Deus Pai e Senhor da Vida! Único Salvador e Redentor. Capaz de nos libertar e nos dar a verdadeira paz interior. A Igreja instituída, não salva ninguém, limitando-se a ser um meio, cada vez mais falível, dos verdadeiros valores e causas! Se assim não fosse, a igreja paroquial de Lavradas, em Ponte da Barca, estaria reconstruída e dignificadas as pessoas!
Para assinar este triste e vergonhoso aniversário, reportamos aqui o que foi dito, na voz dos outros, em declarações públicas e o que a imprensa se dignou trazer à estampa, no sentido da justiça, da verdade e da honra de um povo solidário, traído que foi, por quem menos se esperava, por quem tem o dever de cumprir, de amar e servir!
O FOI DITO – FALADO – DENUNCIADO
Abandono, escárnio, abuso de poder. Seis anos depois, uma igreja votada ao abandono!
“Sugerimos que as esmolas recolhidas em todas as paróquias da diocese, nas eucaristias de Natal, por altura da veneração da imagem do Menino Jesus, sejam canalizadas para as obras de recuperação do templo” -Dom Anacleto Oliveira, 19 de Dezembro de 2018
-Uma sugestão abortada, não cumprida e sabe-se por quem!
Dom João Lavrador o novo bispo da Diocese, “eis-me enviado para aprender convosco”, desde Novembro de 2022. O prelado dirigiu ainda uma palavra “aos excluídos e marginalizados”, apelando-lhes para que gritem, de modo a despertar as consciências “tantas vezes adormecidas”. “Urge mudar os nossos paradigmas económicos, que só se corrigirão se colocarem a pessoa humana no centro das decisões e cujos projetos partam da primazia a dar aos pobres e excluídos”, referiu.
-Senhor Bispo seja justo e coerente, aprenda com a humidade e a solidariedade do povo simples e honesto de Lavradas. Ordene a reconstrução da igreja já, ainda este ano!
“Noite dura e muito violenta para todos, em especial para as pessoas de Lavradas. A Câmara Municipal apoiou na primeira linha com um donativo de 10.000 euros indo ao encontro da onda de solidariedade para com Lavradas” -José Alfredo Oliveira.
-Atendendo a que o dinheiro dos munícipes não foi aplicado para a reconstrução deve agora ser recuperado, para outra finalidade social.
“Este Bispo devia ter uma conversa com o padre Filipe”! -Guilhermina Araújo
-Os nossos prelados não aprenderam a lição e governam-se como querem.
“Talvez o dinheiro já não existe! Ou estão a brincar com o povo da nossa Freguesia. Vergonha mesmo, que falta de respeito. -Deolinda Viana, Canadá.
-E saber que do Canadá veio tanto! Dinheiro para reconstruir e nunca para burlar!
“População de Lavradas promete luta por causa da reconstrução da igreja. Em causa está a demolição da residência paroquial, que a população recusa por ter contribuído para a sua construção nos anos sessenta”.Severino José Alves
-Nem era preciso qualquer luta, não fosse a teimosia de uns, contra todos quantos continuam a pugnar pela reconstrução da igreja.
“É ilegal e por isso contra a lei, transformar o espaço cultural e sede de junta, numa igreja e celebração dos sacramentos, por tanto tempo. Nem as seitas o ousam fazer!”
Verdade. Até nisso se vê o oportunismo e descaramento, que reina em Lavradas há seis anos!
“O presidente da Junta de Freguesia de Lavradas, André Fernandes, apelou nesta sexta-feira ao bispo da Diocese de Viana do Castelo para tomar providências e fazer imperar o bom-senso na discórdia que envolve a reconstrução da igreja da aldeia.” -O Público (Fevereiro 2019)
-Jornal Nacional, o Público a trazer à consideração dos leitores aspectos preocupantes daquele moroso processo.
“A reconstrução da igreja de Lavradas, em Ponte da Barca, obriga a um plano de acompanhamento arqueológico, pedido pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) No parecer “emitido a título consultivo”, em julho de 2019, a DRCN justifica a elaboração de um plano de acompanhamento arqueológico para a obra com a - forte possibilidade de existência de vestígios arqueológicos, na zona envolvente e interior da igreja.”
-Acompanhamento de elevados custos. Que continuam por acabar, já que no interior da igreja se encontram ossadas e outros vestígios arqueológicos, ainda por identificar, explorar. O adro da igreja está um caos! Estes estudos resultam da macabra ideia de impor uma igreja nova. Que o povo não quer, por não precisar.
“Mas o agora não existe em Lavradas, porque nem uma nova igreja nem a antiga reconstruída existem, e já se passaram, fez ontem, cinco anos.”
-Entretanto passou mais um. Seis anos de permanente agonia!
“Um desrespeito para quem contribuiu financeiramente. Os que estão vivos e aqueles que já morreram. E já foram muitos os que não puderam ser velados na igreja de Lavradas.” -Damião Cunha Velho
-Verdades que não incomodam quem tem o poder e o dinheiro! Também nisso perderam a face, da paz e do bem.
“Nunca mais dou um centavo para esse tipo de ajuda. Fui enganado quando me pediram” -José Gomes
-Há muita gente a pensar o mesmo. Algumas pessoas foram reclamar de volta on donativo, já que foi adulterado.
“Roubo, hipocrisia e jogo de interesses à descarada... Reconstruir a igreja é a única hipótese plausível e foi essa a finalidade dos donativos”. -Nelson Silva
-Tudo dito, em tão poucas palavras!
“Aqueles que contribuiram para o restauro... se ele não for efectuado, querem o dinheiro de volta: a igreja de Lavradas é perfeitamante recuperável” -Magalhães Sant’Ana (Março de 2019)
-Duas hipóteses, dois caminhos: ou se aplica o dinheiro na reconstrução da igreja, ou se devolve às pessoas o seu dinheiro. Sabendo que todos desejavam a simples reconstrução da igreja.
“Uma visita inesperada ao nosso concelho, que apanhou todos de surpresa, revelando o carinho e a atenção do Presidente da República para com Ponte da Barca e, em especial, para com Lavradas, cuja tragédia decorrida em Dezembro não caiu no esquecimento”. -Augusto Marinho, presidente da Câmara de Ponte da Barca
-Uma visita de segundo plano, já que ficava em caminho. Foi de facto interessante, com alegria e muita emoção, que depressa deram lugar à revolta e desilusão! Na sua resposta à Comissão Cívica, o Sr. Presidente lamentou a orientação tomada e suas consequências, dando a conhecer, transmitindo a mensagem à Conferência Episcopal Portuguesa, que por sua vez amuou, táctica dos mais fracos, os sem razão, apesar do poder!
“Na terra dos vivos, o fogo lento da discordância, da injustiça, da manipulação, da fraude, do pecado e morte. Do mal sobre o bem. Por quem tem o dever, de tudo fazer, para evitar este inferno, na terra dos que ainda subsistem, imploram e resistem!” [É melhor perder com a verdade, que vencer com a mentira]
-A verdade leva alguns a silenciar, numa atitude desonesta de contornar a verdade!
“As pessoas querem ser informadas e sentem-se de facto enganadas, fizeram doações para a reconstrução” -Linha Aberta - Janeiro 2020 (Antes da pandemia)
-Linha Aberta, desmascarou, abriu brechas, denunciou. Terão de voltar, para mostrar ao mundo a vergonha que por ali se instalou!
“O valor da reconstrução da igreja que ardeu, rondava os 350 mil euros. A população já angariou mais do que este valor, onde está o dinheiro?” -André Fernandes, presidente da Junta
-E hoje, enquanto fica? Há quem aponte para o dobro, os custos da mesma obra! Que diz a junta fabriqueira, sobre isto, se é que alguma vez foi autorizada a falar?
“Não tenho nada contra ninguém, tenho, isso sim, pena que passado tanto tempo não tenham ainda metido mãos a obra” -Manuel Rocha
-Quem iniciou a contenda? Quem originou o prós e o contra? Quem faltou à palavra dada?
“Vergonhoso! Se as doações foram feitas para a reconstrução é para a reconstrução que devem ser encaminhadas. Igreja nova para quê?!!! Reconstruam a que ardeu, respeitando-lhe a traça. Era uma igreja bem bonita. Sejam honestos! Se querem uma nova igreja, devolvam o dinheiro a quem contribuiu para a reconstrução”. -Alice Garrido
-Um bom recado, visão profética e consensual. Era isso que devia ter sido feito!
“A igreja está completa, como se vê é só restaura-la” -Armando, sacristão da paróquia
-A simplicidade de um homem bom, com a força da sua intuição. Grande coração humano!
“O senhor presidente da República mostrou-se muito solidário e garantiu que irá ajudar , no que lhe for possível, à reconstrução do templo” -Presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho
-Declarações em cima do rescaldo, do presidente que levou cinzas nos sapatos e o cheiro a queimado nas vestes, para Belém. O mesmo personagem que depressa se apercebeu, por ter sido informado, do descalabro e influências, das manobras e riscos inerentes. Que vergonha!
“Isto é gozar com o povo que todos deram donativos, não contam para nada. Dai o dinheiro de volta ao nosso povo sabe Deus o quanto sacrificio fez” -Nuno Araújo
-Isto é abusar da generosidade popular. Considerado pecado capital.
“LINHA ABERTA volta a reportar trazendo-nos novos elementos, do processo de reconstrução da igreja de Lavradas. Informação que a paróquia, a diocese e a câmara Municipal, se recusaram a dar; fala-se de transparência, no mesmo instante que se esconde a verdade.” Janeiro de 2020
-Insólito ver as imagens e ouvir os comentários daquelas reportagens a denunciar e a acometer os autores da farsa! Que vergonha.
“E já se fala numa comissão de recuperação do dinheiro. O seu a seu dono, já que a finalidade dos donativos foi abortada, desviada para outros projectos, outra igreja, outros luxos! Vergonha, disseram durante todo este tempo.” Armindo Cerqueira
-Se todos ou a maioria fizesse como já alguns fizeram, teríamos a reconstrução há muito tempo! O povo tem de acordar, disse o Pedro ao João.
“Os investigadores que investigaram o governo Português haviam de investigar os causadores do atraso da reconstrução da Igreja de Lavradas - Ponte da Barca”. -José Viana
-Se o fizessem apanhavam alguns com a mão na coisa! Haverá gato e não é pequeno.
“Houve entretanto uma espécie de traição, na opção, que não foi decisão séria. De repente, sem consultar a gente, uma igreja nova, novo projecto, mais dinheiro e muitos aborrecimentos. Declarações e arrojadas manifestações, imprensa e televisões. E tantas confusões inúteis, degradantes e fúteis.” Poeta Identificao
-Nada os incomoda! A poesia que denuncia e o humor que alivia.
“É mesmo uma vergonha, o povo não merece ser enganado. Tenham respeito e encontrem uma solução que venha de encontro ao que foi pedido: RECONSTRUIR A NOSSA IGREJA” -Antonio Alvaro Gomes
E nada mais!
“Um dia vai ser tarde e o que eu penso o problema é que o povo de Lavradas tem medo a meia dúzia de enganadores que fazem tudo que querem é uma autêntica vergonha” -Joaquim Sendão
-Incrível, mas verdade. O povo tem de acordar, disse a Joana à Teresa.
“Acabei de ver o projeto escolhido. Estou muito chocada. Este é um projeto maçónico. A arquitetura é totalmente maçónica, é séria? A Igreja apoia isso? -Cristina Rio
-Boa análise. Bem registado. Uma igreja que o povo não quer, por não precisar!
“De acordo com a reconstrução da nossa igreja de Lavradas. Voto o meu Voto. Mas não se enganem, Reconstrução” -Rosa Barros
Alguns pequenos depoimentos, testemunhos vivos. Outros há que bem se podem consultar, na imprensa e sobretudo nas redes sociais, Instagram, Facebook entre outros. Temos aqui um pequeno espelhar que devia fazer corar de vergonha quem intentou sobre estes setenta e dois meses de espera! Vergonha a palavra mais pronunciada para qualificar a sacanice que se instalou e que provocou bastante escândalo! Desnecessário, atentatório e corrosivo.
A honestidade deve ser uma qualidade fundamental, particularmente para aqueles que procuram o respeito, a confiança e a paz! Para os que estão convocados a proclamar a verdade, a justiça e o bem comum. Que não haja ilusões! Seis anos, não são seis dias.
https://youtu.be/dKq5nASejF8?si=h2v5qV9Qv02IY4zC