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Ao abordar-se a questão da distribuição justa das riquezas naturais e/ou produzidas pela humanidade, consideram-se riquezas de natureza material e também aquelas que não são assim tão objetivas e quantificáveis.
Se quanto às riquezas materiais é possível identificá-las e medi-las, como elementos constituintes de um dado património, tal como o dinheiro, prédios, objetos de arte, viaturas e muitos outros bens físicos; no que se refere às riquezas imateriais, a sua identificação e amplitude objetivas são mais difíceis de determinar. Ainda assim, pode-se indicar como fazendo parte deste acervo, a cultura, a educação/formação, profissão, estatuto/prestígio e diversos ideais, tais como ser portador de valores ético-morais, honra, lealdade, dignidade, solidariedade, humanismo.
Por outro lado, existem, ainda, diversos conjuntos de riquezas que contribuem, decisivamente, para o bem-estar material e espiritual da pessoa humana, constituindo o suporte mais desejado por cada indivíduo, para uma vida feliz, nomeadamente: a saúde, o trabalho, a ordem, a segurança, a paz, o progresso e as leis justas, entre outras, igualmente importantes, como a igualdade de oportunidades no acesso a bens e serviços do domínio público, sob administração do Estado, como, por exemplo: a justiça, a educação e a cidadania plena..
Admite-se que em todo o mundo existam situações de graves e inaceitáveis injustiças na distribuição das riquezas, não só no interior de cada país, mas também ao nível internacional e, neste quadro mais alargado, poder-se-ia questionar por que razão as riquezas naturais, concedidas ao ser humano pelo Criador, supostamente sem discriminações, tais como, por exemplo: a fauna, a flora, o petróleo, o gás natural, os diamantes, os minérios, a água, entre outros, não são geridos por uma só entidade supranacional e universal, do tipo, Nações Unidas e distribuídas equitativa e proporcionalmente pela população mundial? Até porque, em alguns dos países onde existem aquelas riquezas naturais, grande parte da população vive na mais abjeta miséria.
Uma abordagem sobre estas riquezas naturais, na perspectiva da distribuição universal por todos os países, poderá parecer utópica e até suscetível de críticas humorísticas, todavia, a humanidade é só uma e a dignidade das pessoas igual, qualquer que seja a sua origem étnica e nacionalidade.