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Com relativa facilidade se verifica que ao longo do ano civil, designadamente, na cultura ocidental, praticamente, a cada dia do calendário é atribuído um evento, uma comemoração, uma recordação, um facto relevante num determinado domínio, que a sociedade pretende festejar, relembrar ou, até mesmo, repudiar. São os chamados “Dias Universais” e também há os denominados “Dias Nacionais”, tal como o ano, o mês ou a semana, consignados a uma situação mundial, entre outras celebrações.
Desde a época de S. Valentim que o “Dia dos Namorados” é comemorado e festejado no dia 14 de fevereiro de cada ano, principalmente pelos jovens enamorados que, reciprocamente, vivenciam aquela data com as mais diversas, quanto apaixonadas, atividades e ofertas românticas, destas se destacando o famoso lencinho branco bordado, passando pelas flores, um convívio mais íntimo.
É muito lindo observar as manifestações que jovens, por vezes, ainda adolescentes, têm a generosidade, e a sensibilidade, de revelar perante a pessoa amada e, naturalmente, apesar de se tratar de uma tradição, de um dia especial para um casal que se julga romanticamente “enfeitiçado”, a verdade é que, este dia, dedicado aos namorados, com toda a paixão, carinho, oferendas e tudo o que de mais íntimo e confidencial possa envolver, só volta a repetir-se, decorrido que seja mais um ano.
O “Dia dos Namorados”, obviamente, deve ser festejado todos os dias, ao longo do ano, justamente por todos os casais, independentemente das idades, que, indubitavelmente, se amam, se respeitam, não obstante os erros que, precisamente, ao longo desse mesmo ano, se tenham vindo a cometer, porque é natural que assim seja, na medida em que o ser humano não é perfeito.
Num dia tão importante como é o que está atribuído aos Namorados, seria muito interessante que todos os casais: adolescentes, jovens, adultos e seniores; solteiros, casados, em união de facto, bem como os que tencionam juntar-se, por via de um qualquer e legítimo processo, meditassem muito bem nos princípios, valores e sentimentos de que estão imbuídos, e, necessariamente, preparados para aplicar na vida diária, a dois.
De nada vale comemorar este dia para com a pessoa que dizemos amar, se depois e durante os trezentos e sessenta e quatro dias, nos preocupamos, apenas, com a satisfação dos nossos egoísmos, e exercemos junto da parte, alegadamente, querida, as mais inconcebíveis e inaceitáveis arbitrariedades, nomeadamente: maus tratos físicos, psicológicos e exploração permanente.
Gostar, amar, respeitar, doar-se à pessoa que queremos que seja a nossa outra “metade gêmea”, implica uma: entrega permanente, uma dedicação sem limites, a defesa intransigente da sua honra, bom-nome, reputação e dignidade; postula um comportamento de inabalável solidariedade, de lealdade, de humildade, de gratidão e assunção de responsabilidades, inerentes a quem verdadeiramente ama, e/ou tem profunda amizade por outra pessoa.
O “Dia dos Namorados”, tanto se pode aplicar aos casais já constituídos, a viverem em conjunto, como aos jovens enamorados que, por via do namoro, preparam o enlace matrimonial, ou, ainda, a duas pessoas que estão unidas por laços profundos de uma amizade conquistada no dia-a-dia, até ficar consolidada.
O que se destaca neste dia, são sentimentos verdadeiros, sejam de intensa paixão, amor incondicional, ou amizade sincera, sempre no respeito por princípios de grande probidade, de reserva e confidencialidade. Estes sentimentos, no que possam ter de mais íntimo, jamais podem cair na praça pública, ou serem utilizados por uma das partes para dominar, humilhar e ostracizar a outra.