May 24, 2025

Montenegro esta condenado…

Mar 29, 2024 Hits:2468 Opinião

IMPORTANTE: COMEÇAR BEM

Mar 26, 2024 Hits:1704 Opinião

PÁSCOA DE BENEVOLÊNCIA…

Mar 25, 2024 Hits:1669 Crónicas

Pai. Funções Benéficas…

Mar 19, 2024 Hits:1499 Crónicas

SECÇÃO DO PSD-BRUXELAS …

Mar 18, 2024 Hits:2562 Opinião

Touradas: prática cultur…

Mar 16, 2024 Hits:1853 Opinião

Chega Triunfa no Algarve:…

Mar 12, 2024 Hits:3827 Opinião

Crónicas de uma Portugue…

Mar 11, 2024 Hits:2399 Crónicas

NOITE ELEITORAL E A CONFU…

Mar 11, 2024 Hits:1530 Opinião

A mudança está nas mão…

Mar 08, 2024 Hits:1501 Opinião

Mulher, a seiva da vida

Mar 05, 2024 Hits:1115 Crónicas

AUMENTO DE PENAS DE PRIS…

Mar 04, 2024 Hits:1329 Opinião

Delenda Moscua

Mar 04, 2024 Hits:1352 Opinião

PROMESSAS ELEITORAIS

Mar 01, 2024 Hits:1633 Opinião

CANDIDATOS DO PS NA FEIRA…

Feb 29, 2024 Hits:2485 Opinião

Onde estava no dia 25 de Abril de 1974?

Não frustrar expetativas



Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!


A decisão do último Conselho Europeu de conceder o estatuto de país-candidato à Ucrânia e Moldova foi histórica e acarreta com ela uma responsabilidade acrescida para a UE e, especialmente, para os seus Estados-Membros. 

Como se viu pela reação muito menos entusiástica dos países-candidatos dos Balcãs (nomeadamente a Albânia e a Macedónia do Norte), a concessão do estatuto a estes dois novos países faz temer um novo atraso no processo de negociação que muitos já iniciaram com a Comissão Europeia e que obrigou a reformas e esforços profundos tendo até culminado na mudança oficial de nome de um país, como foi o caso da Macedónia do Norte.

Os Balcãs sempre foram uma região complexa, onde as várias sensibilidades étnicas, religiosas e políticas contribuem para um clima de quási-permanente instabilidade, como se tem visto recentemente nas relações entre a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina e o ainda problemático reconhecimento do Kosovo. A perspetiva de uma futura integração europeia, para além de ter contribuído a pacificar a região, tem permitido construir uma relação de confiança com Bruxelas, essencial para consolidar o Estado de Direito, apoiar as reformas de reforço das instituições democráticas, modernizar a economia, alargando a esfera de influência ocidental numa zona cuja influência e presença Russa, mas também Chinesa, têm vindo a aumentar.

Um futuro processo de alargamento da UE constitui um verdadeiro desafio para todos nós, e não será feito sem uma reforma das instituições. No entanto, esta discussão interna não pode ser pretexto para arrastar in fine processos de adesão cujos custos políticos são difíceis de antever e que reforçaria, não tenhamos dúvidas, a influência da Rússia e da China na região, destabilizando os regimes políticos e as reformas democráticas levadas a cabo nos últimos anos. É importante referir que a China detém já uma presença relevante no terreno, através de atores não-estatais, financiando a construção de inúmeras infraestruturas rodoviárias (por exemplo, a maior autoestrada do Montenegro está a ser financiada por um promotor chinês).  

A Europa continua a ser hoje, e especialmente para estes países, um projeto portador de esperança, de progresso, de estabilidade e de promoção do bem-estar. Foi também com esse olhar que Portugal apresentou a sua candidatura em 1977.

Um futuro alargamento terá necessariamente de passar por uma reforma da própria União. Neste sentido, os comentários do Primeiro-Ministro português, mas não só, sobre este assunto são extremamente pertinentes e merecem toda a atenção. Seria completamente irrealista perspetivar um alargamento a 30 ou mais, nas atuais condições de funcionamento da UE. A integração de novos países passará obrigatoriamente por uma reforma institucional, nomeadamente, no que diz respeito a uma revisão do sistema de votação no Conselho, reduzindo as matérias para a qual a unanimidade é necessária (evitando-se os bloqueios que se verificam hoje em assuntos tão importantes como a fiscalidade); mas também revisitando o financiamento do magro orçamento europeu, que representa hoje apenas 1% do PIB dos 27.

Se uma Europa a 27 já enfrenta diversas dificuldades em termos de capacidade de decisão, uma Europa a 30 ou mais, poderá correr o risco do imobilismo e dos bloqueios consecutivos, minando a capacidade de resposta da UE. Os atuais problemas com a Hungria e a Polónia são sintomas da necessidade reforma institucional do projeto europeu. A nível orçamental, e perante os enormes desafios que tem pela frente (transição climática, digital, saúde, defesa, pilar social) a Europa não pode continuar a trabalhar na base de um orçamento que não corresponde, de todo, às necessidades de hoje e às suas ambições. Não se pede aos Estados mais contribuições dos seus orçamentos, mas sim, novos recursos próprios (várias propostas estão em cima da mesa) que permitiriam reforçar a ação da UE e libertá-la, até, de uma certa forma de chantagem que existe quase sempre aquando da negociação do quadro financeiro plurianual.

A proposta do Presidente Macron, fortemente inspirada no projeto de Mitterrand para a criação de uma Comunidade Política Europeia, merece reflexão podendo transformar-se num importante fórum europeu de coordenação política mais aprofundado debruçando-se sobre desafios comuns e à larga-escala (alterações climáticas, defesa, migrações, saúde, educação), representando até um possível primeiro estágio para os países-candidatos cujos processos estejam mais atrasados. No entanto, em nenhum caso esta nova Comunidade substituirá a pertença plena à UE.

Este é um debate decisivo que agora se abre e que não poderá arrastar-se durante muito tempo sob pena da “UE da esperança” se transformar num projeto de frustração.

Luso.eu - Jornal das comunidades
André Costa
Author: André CostaEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades


A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.


luso.eu Jornal Comunidades

A SUA PUBLICIDADE AQUI?

A nossa newsletter

Jornal das Comunidades

Não perca as promoções e novidades que reservamos para nossos fiéis assinantes.
O seu endereço de email é apenas utilizado para lhe enviar a nossa newsletter e informações sobre as nossas actividades. Você pode usar o link de cancelamento integrado em cada um de nossos e-mails a qualquer momento.

TEMOS NO SITE

We have 506 guests and no members online

EVENTOS ESTE MÊS

Mon Tue Wed Thu Fri Sat Sun
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29

News Fotografia