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A Escola Básica 2,3 António Feijó, na vila de Ponte de Lima recordou ontem o seu patrono: o poeta, diplomata e gastrónomo António Feijó (1859 – 1917).
A efeméride começou com uma evocação do nascimento, nesse dia 1 de Junho do supracitado ano, numa casa simples, demolida em 1912 para alargamento da quinta da Villa Moraes. Os professores João Carlos Velho e Ana Margarida Luciano, promoveram uma aula contada e cantada sobre o poeta das Bailatas, seguindo-se a deposição duma coroa de flores no seu monumento e interpretação do Hino de Ponte de Lima com poemas de Feijó, situado na Praça da República.
Regressados de novo ao estabelecimento de ensino, teve lugar a abertura da
exposição António Feijó 1859/1917, organizada pela Embaixada de Portugal na Suécia e Vera Fonseca, leitora do Instituto Camões na Universidade de Estocolmo.
A mostra, proveniente da “cidade boreal” como a designava António Feijó, esteve patente de 3 a 22 de dezembro de 2021 na Universidade de Estocolmo, inserida na comemoração dos 380 anos das Relações Diplomáticas entre Portugal e a Suécia; a sua cedência a Portugal, e inauguração em Ponte de Lima foi possível através da nossa embaixadora, Sara Martins.
Colaboraram na exposição, o Arquivo Municipal de Ponte de Lima, empenho de sua directora, Cristiana Freitas, facultando reproduções de imagens do arquivo pessoal de António Feijó, e o signatário com outras fotografias e informações bio - bibliográficas. Quanto aos documentos expostos em vitrines de segurança, salientamos o manuscrito original do Cancioneiro Chinês de António Feijó (1887-1890), as Transfigurações com dedicatória autógrafa (Ponte de Lima, Julho de 1882) ao seu colega de Letras, Fialho de Almeida; traduções suecas de poemas, realizadas por Goran Bjorkman (1860-1923), que foi secretário do prémio Nobel; uma foto autógrafa de Feijó datada de 1896, edições do Sacerdos Magnus, À Janela do Ocidente, e mais obras do ilustre limiano. O espólio, propriedade de dois bibliófilos Pontelimenses, foi uma triagem de suas colecções,
Num pequeno colóquio, a sobrinha- bisneta, Maria José Torres Feijó, apresentou a escova com que o antepassado penteava o bigode, e leu cartas do seu “perfil humano” endereçadas ao irmão José Joaquim (1849 – 1906) e amigos, publicadas em 1961 por Francisco Teixeira de Queirós, da Casa do Cruzeiro, Ponte de Lima.
Nos discursos oficiais, por parte de José António Silva, Director do Agrupamento de Escolas e seu adjunto João Carlos Gonçalves, e Paulo Sousa, vice- presidente da Câmara Municipal, destaque para as congratulações e agradecimentos a todos quantos tornaram possível a actividade, intervenientes de Portugal e da Suécia.