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É crível que a maioria dos países do mundo, possuam os seus dias simbólicos, alusivos a efemérides que, de algum modo, tenham marcado a História, o Povo, a Cultura dessa Comunidade nacional como, igualmente, se recordam os dias internacionais e mundiais, a propósito de acontecimentos marcantes para a Humanidade. Comemorar tais eventos, com objetivos histórico-pedagógicos, poderá ser importante para corrigirmos o que foi mal feito no passado, e/ou melhorarmos para o presente.
Portugal não foge à regra e, a História nacional, de quase nove séculos de independência, apesar do domínio Filipino Espanhol de 1580-1640, é bem rica em acontecimentos, desde a subida ao trono português do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, em 1143, aos dias de hoje, primeiro quarto do século XXI.
Os Portugueses: consolidaram-se no tempo e no seu espaço territorial continental e Regiões Autónomas da Madeira e Açores; na sua História; na sua Língua, esta, uma das seis mais faladas em todo o mundo, um idioma considerado e assumido oficialmente nos grandes areópagos mundiais; na sua Cultura; na Política Democrática; e na Religião, ainda, maioritariamente, Católica.
O Povo Português vive, há várias décadas, numa Democracia representativa, sob as regras de uma Constituição progressista e, indubitavelmente, uma das mais avançadas do mundo, ao nível dos valores humanistas. A Liberdade, nas suas diferentes dimensões é, praticamente, total, porque, em geral: é possível as pessoas desenvolverem as suas atividades sociais, profissionais, políticas, religiosas e culturais; constituírem-se em associações legítimas e legais; expressarem-se sobre o que entenderem; manifestarem a sua concordância ou divergência, sobre os mais diversos assuntos.
Os Portugueses já iniciaram o período correspondente à quinta década da vivência democrática, sempre com elevado civismo, grande maturidade política e, frequentemente, com o necessário sentido de Estado, no que respeita aos diferentes atores governamentais e/ou das oposições. Pode-se afirmar que este Povo Lusitano, mantém os seus brandos costumes, até com alguma elegância e subtileza quanto baste, sempre que necessário.
A “Revolução dos Cravos”, assim conhecida nacional e internacionalmente, ocorrida a vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro, restituiu aos Portugueses a Democracia, a Descolonização e o Desenvolvimento. Graças ao Movimento das Forças Armadas, liderado por jovens militares, aos quais se uniu o Povo anónimo, Portugal é, hoje, um país respeitado, com futuro promissor desde que as classes: política, financeira, empresarial, laboral, científica, técnica, cultural e religiosa conjuguem os seus esforços para objetivos nacionais, tendo como meta final o bem-comum, na sua expressão máxima que é a “Felicidade”.
Ao longo de mais de quatro décadas de regime democrático, nem sempre tem sido possível usufruir-se, plenamente, de todos os valores que a Democracia confere, pelo menos a nível prático-constitucional, na medida em que na vida dos cidadãos, os direitos, liberdades e garantias, em determinados períodos, não têm sido, inequivocamente, cumpridos e, pelo contrário, no que respeita a direitos adquiridos, alguns dos quais, ainda no tempo da ditadura, foram retirados, apesar das promessas eleitorais de então, apontarem em sentido contrário.
Até certo ponto, compreende-se que os valores cívicos, inerentes à Democracia, nem sempre possam ser exercidos até ao limite, provavelmente, nem isso seria exequível, porque sempre existe alguma subjetividade e relativismo, no entanto também se afigura extremamente redutor quando: valores, deveres e direitos são de tal forma minimizados e/ou abolidos, que até podem ferir normas jurídico-constitucionais e interesses legais e legítimos, já instalados, quantas vezes, há décadas.
A Democracia implica: bom-senso; respeito pelas ideias contrárias; dignidade da pessoa humana, independentemente do estatuto sócio-profissional. Pretende-se, neste “Vinte e Cinco de Abril Português”, quando se celebra mais um aniversário da “Revolução dos Cravos”, transmitir ao “Universo Democrático” que os nossos princípios, valores, cultura, sentimentos e emoções, são tão importantes como os de quaisquer outras grandes e/ou superpotências.
A nossa História comum é um exemplo para o Mundo, porque soubemos sempre assumir os condicionalismos, os erros e os êxitos que nos caracterizam ecumenicamente. Este Património tem de continuar a ser honrado, respeitado e dignificado, por todos os Portugueses: cá dentro ou na Diáspora; por nós e por aqueles que escolhem Portugal para melhorarem as suas condições de vida.
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