May 19, 2025

Montenegro esta condenado…

Mar 29, 2024 Hits:2451 Opinião

IMPORTANTE: COMEÇAR BEM

Mar 26, 2024 Hits:1686 Opinião

PÁSCOA DE BENEVOLÊNCIA…

Mar 25, 2024 Hits:1655 Crónicas

Pai. Funções Benéficas…

Mar 19, 2024 Hits:1483 Crónicas

SECÇÃO DO PSD-BRUXELAS …

Mar 18, 2024 Hits:2549 Opinião

Touradas: prática cultur…

Mar 16, 2024 Hits:1841 Opinião

Chega Triunfa no Algarve:…

Mar 12, 2024 Hits:3813 Opinião

Crónicas de uma Portugue…

Mar 11, 2024 Hits:2385 Crónicas

NOITE ELEITORAL E A CONFU…

Mar 11, 2024 Hits:1514 Opinião

A mudança está nas mão…

Mar 08, 2024 Hits:1484 Opinião

Mulher, a seiva da vida

Mar 05, 2024 Hits:1103 Crónicas

AUMENTO DE PENAS DE PRIS…

Mar 04, 2024 Hits:1318 Opinião

Delenda Moscua

Mar 04, 2024 Hits:1339 Opinião

PROMESSAS ELEITORAIS

Mar 01, 2024 Hits:1615 Opinião

CANDIDATOS DO PS NA FEIRA…

Feb 29, 2024 Hits:2476 Opinião

Onde estava no dia 25 de Abril de 1974?

Encontro marcado com a história



Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!


ABRIL – UMA DATA MARCANTE
Encontro marcado com a história


É assim há 44 anos. Celebrar Abril de forma solene, relembrando que a pacífica revolução dos cravos derrubou um regime político instalado, restituiu-nos a democracia e o direito, pôs termo à guerra colonial em África.

Obtivemos a autonomia que liberta, pela dependência que escraviza e agrilhoa. Esta radical transmutação foi de inteira responsabilidade das Forças Armadas; gente há por aí que, por ideologias oportunistas, entendem levar a efeméride para o seu lado, desvirtuando e afastando os cidadãos desses acontecimentos comemorativos. O 25 de Abril é uma data histórica, como foi então, a implantação da República.

O programa que assinala e comemora o seu quadragésimo quarto aniversário - um pouco por todo o lado, em Portugal, mas também junto da diáspora portuguesa, nas suas comunidades dispersas pelo mundo - põe em evidência os episódios mais marcantes de uma transição pacífica, primeira grande etapa de uma trajectória que levaria - deveria ter levado - o País à conquista de novos rumos, de progresso efectivo e bem-estar social.

Para enaltecer Abril recorremos um pouco a tudo o que é nosso; desde o teatro aos documentários, às sessões solenes, aos espectáculos e conferências, aos programas especiais nas televisões, às obras literárias e artigos de opinião nos jornais, aos debates e buscas na internet. Tudo serve para trazer à memória de uns e ao conhecimento de outros, os factos e os processos basilares de uma Revolução bem conseguida; os cravos de cor verde e vermelha, simbolizavam a Nação livre em substituição das balas mortíferas. Imagens marcantes de um grande dia, para sempre recordado com exaltação nacional.

Quarenta e quatro anos depois, por entre cantigas e aplausos, discursos e festas... Encontramo-nos muito aquém daquilo que deveria ter sido um percurso diferente, para melhor; mais incisivo e ambicioso, mais arrojado na sua pujança democrática. Contrariamente ao que seria expectável, forjaram-se tortuosos caminhos, tomaram-se falaciosas orientações políticas, defraudaram-se os nobres objectivos da jovem democracia! Tempos contraditórios que envolveram boa parte da sociedade civil, em execráveis escândalos; de corrupção e de gritantes disparidades sociais. São as cifras negras de um Portugal igual a si mesmo, meio conformado, com o desditoso cenário que amarfanha e oprime! Decaiu a virilidade do cravo, perdeu a sua exuberância de então. Os factos não abonam a razão, tiram credibilidade e conforto.

A liberdade que alguns apregoam é só de quem a quer sua, mesmo que para isso tenha de espezinhar. Há vozes dispersas a dizer que é preciso cercear algumas dessas liberdades. Há pessoas com responsabilidades políticas que actuam de forma antidemocrática, alheadas de princípios e de valores que a dita liberdade nos consagra! A verdade é que não conseguimos "embarcar" no verdadeiro espírito de Abril, apesar de algumas aparências ilusórias. Proclama-se autonomia e isenção, mas vivemos num permanente estado de coacção. De facto Portugal não soube aproveitar potenciais ensejos de crescimento, de expansão e de verdadeira emancipação. Pelo que sabemos e pelo que desconhecemos, ainda temos força e voz para denunciar e exigir que se cumpra Abril, 44 anos depois!

No dia de festejar, corroboramos, com justificada apreensão, que o 25 de Abril se afastou da Emigração! Quatro décadas passaram sem que muitas reivindicações fossem satisfeitas. A conjuntura, em muitos casos, piorou. As discrepâncias de tratamento continuam e agravam-se: no ensino da língua materna; nas deficiências das redes consulares; na questão de cidadania participativa e de recenseamento; na valorização do movimento associativo e empresarial; no apoio e estímulo à promoção de Portugal no estrangeiro… Não vai há muito tempo que um aspirante político de craveira ousava dizer, em promessa eleitoral, na cidade Luz, que a Diáspora portuguesa merecia um Ministério em vez de uma secretaria de Estado; uma vez eleito, desdenhou sobre a promessa feita em Paris.

Tinha lógica aquela referência de campanha eleitoralista, mas não passou disso! De facto merecia, também pelo expressivo contributo directo realizado através dos tempos; sustento de um Estado dependente, sempre à espera das famosas remessas dos portugueses, assíduos trabalhadores e residentes no estrangeiro! Conotados por "nossos queridos emigrantes"! Basta de hipocrisia e cinismo; é tempo de virar a página da incongruência e do facciosismo. Abjecta forma de proceder em relação ao que dizem ser importante, aos "queridos emigrantes"! Já chega de tão fastidiosos discursos de circunstância, numa sôfrega tentativa de adiar decisões!

Neste aniversário da mais significativa viragem de regime político em Portugal importa, acima de tudo, recordar um passado sobre o qual devemos apenas e só retirar algumas ilações, para viver um futuro mais promissor, com renovada determinação e responsabilidade, que nos deve catapultar para lugares cimeiros de crescimento e de autonomia. Portugal e todos os portugueses merecem uma sorte diferente; auspiciosa, urgente, necessária, possível… Por Portugal e com todos os portugueses! 

Luso.eu - Jornal das comunidades
António Fernandes
Author: António FernandesEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades


A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.


luso.eu Jornal Comunidades

A SUA PUBLICIDADE AQUI?

A nossa newsletter

Jornal das Comunidades

Não perca as promoções e novidades que reservamos para nossos fiéis assinantes.
O seu endereço de email é apenas utilizado para lhe enviar a nossa newsletter e informações sobre as nossas actividades. Você pode usar o link de cancelamento integrado em cada um de nossos e-mails a qualquer momento.

TEMOS NO SITE

We have 873 guests and no members online

EVENTOS ESTE MÊS

Mon Tue Wed Thu Fri Sat Sun
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

News Fotografia