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O secretário-geral do PSD afirmou hoje que a sua palavra “saiu honrada” com a absolvição no processo das “presenças-fantasma” no parlamento, agradecendo a Rui Rio ter mantido a confiança em si nos três anos e meio que durou o caso.O secretário-geral do PSD afirmou hoje que a sua palavra “saiu honrada” com a absolvição no processo das “presenças-fantasma” no parlamento, agradecendo a Rui Rio ter mantido a confiança em si nos três anos e meio que durou o caso.
Em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD, José Silvano salientou que o caso começou com ele como secretário-geral do PSD e termina com ele nas mesmas funções.
“Com outro líder, um líder fraco que ficasse sujeito àquilo que a opinião pública ou a comunicação social dizia, era mais fácil substituir o seu secretário-geral, como tantas vezes foi pressionado, do que continuar a defender o seu secretário-geral até ao fim”, afirmou, dizendo querer fazer um “agradecimento público” a Rui Rio.
Silvano apontou o seu caso como um exemplo do que o presidente do PSD se refere quando critica os chamados ‘julgamentos de tabacaria’ e disse que, apesar de estar contente com a absolvição, ficou ainda mais feliz por “a sua palavra ter saído honrada” deste julgamento.
“A juíza provou o que disse: nunca mandei ninguém registar a minha presença e não recebi qualquer tostão pelas presenças, sempre disso desde o início e repito no fim, isto para um transmontano é o que consola mais”, afirmou Silvano.
O secretário-geral do PSD considerou que este caso “foi aproveitado durante três anos e meio para prejudicar a imagem do seu secretário-geral e do PSD”, embora sem certezas de que possa ter tido alguma influência em resultados eleitoral.
Ainda assim, Silvano desafiou os que o acusaram de ter um comportamento menos ético a “pedir desculpas”, incluindo comentadores, e apesar de ter “suspeitas” de quem fez a denúncia que começou o processo não irá acusar ninguém por falta de “100% de certeza”.
“Tenho 80% de certeza de quem foi e foi do meu partido, nas imagens que vi (…) Consultei todas as provas, tenho a minha ideia, mas não tenho a certeza. Quem não tem certezas não pode acusar ninguém”, afirmou.
O secretário-geral do PSD José Silvano e a deputada social-democrata Emília Cerqueira foram hoje absolvidos de crimes de falsidade informática de que estavam acusados no chamado processo das “presenças-fantasma” no parlamento.
José Silvano e Emília Cerqueira foram assim ambos absolvidos da prática em coautoria de dois crimes de falsidade informática.
A sentença, proferida pela juíza Ana Sofia Claudino, considerou que não ficou provado que José Silvano tenha instruído a sua colega de bancada parlamentar a assinalar falsamente a presença do secretário-geral do PSD no parlamento nos dos dias 18 e 24 de outubro de 2018.
O tribunal afastou também qualquer intenção de Emília Cerqueira em marcar falsamente a presença de José Silvano no parlamento.