Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Começou a contagem decrescente para a segunda edição da – Facha Romana – a realizar neste fim de semana de 16 a 18 de Junho, no miradouro e castro de S. Estêvão situado a meia dúzia de quilómetros da vila de Ponte de Lima.
A recriação histórica envolverá este ano 80 figurantes, com trajes novos, com destaque para os de senadores, imperadores, soldados, escravos e mulheres romanas.
A actividade de vivência naquela localidade do município limiano há dois milénios atrás
é da responsabilidade da Junta de Freguesia e os grupos de teatro: Arte In Facha, da localidade, e o Gacel, da freguesia da Ribeira. Um novo guião foi elaborado pelos dois conhecedores no assunto: José Manuel Puga e Domingos Morais
Para a concretização do projecto cultural deste ano, apresentado á comunicação social no Paço dos Marqueses de Ponte de Lima, o Facha Romana obteve financiamento do município limiano, cujo vereador da cultura, Paulo Sousa, elogiou o evento e a forma pedagógica incluída este ano, com visitação prévia para o público escolar. Numa outra vertente, o autarca congratulou-se com este novo produto cultural, local e nacional, e posteriormente a intenção de musealizar aquele património arqueológico. Outras verbas necessárias á concretização da inicitiva fachense, foram provenientes da Junta de Freguesia, presidida por Manuel Laranjo, além de empresários.
Do nosso modesto contributo para tal iniciativa, recordemos o significado histórico da sua recriação: um castro com elevado espólio, onde em várias campanhas de escavações, algumas das quais participamos desde 1978, foram recolhidos principalmente: fragmentos de cerâmica, peças em metal, e colocadas a descoberto arruamentos, restos de muros e casas. Próximo, situa-se a necrópole do Paço Velho, onde foram descobertos um túmulo, uma fivela de metal de cinturão, cerâmica e capitel duma coluna romana.
Quanto a registos, destaque-se já em 1712 o do padre António Machado Vilas Boas, com as suas Antiguidades do Lethes... O manuscrito, do qual possuímos cópia, encontra-se nos Reservados da Biblioteca Nacional, Lisboa.