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Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades Portuguesas - Passeio à beira-mar (Crónica)
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Passeio à beira-mar (Crónica)



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Da janela da sala de casa da sua mãe era possível avistar um vasto campo cheio de legumes, que um dia iriam para o mercado. Aquela produção de couves e outras hortícolas inseriam-se num campo ainda maior, com pinhais e campos mais ao longe. Por vezes também era possível avistar alguns cavalos que pastavam tranquilamente naqueles campos verdes. 

Se ele se afastasse um pouco da janela, formava-se uma pintura de natureza viva, tal como se fosse um quadro pendurado na parede.

Regressando à janela, também consegue avistar a linha do horizonte sem distância certa, formada pela separação do Oceano Atlântico e pelo céu azul daquele dia.

Era fantástico sentir os cheiros do campo e poder observar ao longe aquela massa de deslumbrante massa de água. Claro que quem vivesse ali ao lado daquele grande oceano, tomava como garantida a sua beleza e imponência, raramente imaginando que se aquela massa de água se enfurecesse, iria transbordar de violência, transpor as praias, levando tudo à sua frente, como casas, carros e tudo o resto.

Quem via o mar pela primeira vez, ficava totalmente deslumbrado, ficava sem palavras para o descrever. Talvez fosse importante pelo menos uma vez na vida olhar para o Oceano Atlântico, como se o estivesse a ver pela primeira vez e só a partir dali, reconhecer a sua magnitude.

Mas ele foi a casa da sua mãe, para a arrancar da solidão e para darem um passeio à beira-mar.

Ela vive só, desde que a centenária avó havia partido em Dezembro passado, deixando a casa ainda mais vazia.

Apesar das visitas regulares da família, continuava a sentir exílio nos ossos.

Ele era o filho mais velho e o que vivia mais longe, não lhe sendo possível fazer todas as visitas que ele desejava.

Saíram para a rua depois de ele ter tomado um café a meio da manhã preparado pela sua mãe. Para os acompanhar na caminhada, estava pronto o cão para respirar o ar do mar. O tempo estava excelente, apesar de correr o mês de Março. Não havia vento nem frio que incomodassem para caminhar no passadiço em madeira fixado por cima das dunas, proporcionando uma vista magnífica sobre o mar manso da baixa-mar daquele dia.

A sua mãe queixava-se do joelho, mas ele convidava-a a prosseguir a caminhada. Como ela ficava cada vez mais atrasada, logo ali no início da caminhada, decidiu descerem até à areia para descansarem um pouco sentados em cima de uma pedra.

Dali podiam escutar o suave marulhar do mar, sentir o cheiro a maresia e apreciar o areal incrustado de rochas, formando uma paisagem diferente daquela a que estava habituado quando se dava o nível mais alto da maré. Para chegar até à água era necessário percorrer um labirinto de rochas baixas a despontar da areia grossa e húmida.

De regresso a casa, a sua mãe preparou-lhe um delicioso bacalhau com azeite e alho no tacho, com batata cozida a acompanhar. Por muito que ele já não quisesse dar-lhe trabalho, continuava a saber bem a comida da mãe.

Despediu-se com um abraço carinhoso e apertado, na esperança de a voltar a ver assim que possível.

João Pires

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Joao Pires
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