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As zonas históricas renasceram com o alojamento local



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Matar a galinha dos ovos de ouro?

3 minutos de leitura

Os centros das grandes cidades portuguesas tiveram o seu crescimento económico durante décadas até se transformarem em zonas históricas.

O centro de negócios foi sendo sucessivamente transferido para pontos da cidade mais estratégicos, com melhor acesso, para edifícios modernos que a zona histórica já não comportava.

O coração da cidade, aquilo que faz funcionar o negócio, foi mudando. Para trás ficou a zona que passou a histórica, a zona antiga, em face da modernidade dos novos pontos da cidade.

Porém, a zona histórica da cidade ficou esquecida. Não havia qualquer plano para a renovar. Alguns moradores foram resistindo em casas a cair de podre, não havendo solução para as recuperar devido às rendas baixas que não permitiam fazer face às obras necessárias. Ou a pensão de reforma do proprietário também não era suficiente.

A partir de 2011 o turismo de habitação e espaço rural disparou. De acordo com a Pordata havia 6.271 estabelecimentos em 2021 contra 2.109 em 2011. 179.501 quartos em 2021 contra 118.336 em 2011.

Em 2011 o saldo da balança de viagens e turismo era de 5,1M€. Em 2022 triplicou, ou seja, era de 15,5M€ e o tipo de alojamento procurado pelos turistas alterou-se.

Em 2011 foi faturado 39,4€ em estabelecimentos hoteleiros e 948m€ em turismo de habitação e espaço rural, e ainda 6,4M€ em parques de campismo. Mas em 2021 o turismo de habitação e espaço rural duplicou para 1,8M€, decresceu para 37M€ a faturação nos estabelecimentos hoteleiros e também decresceu para 4,9M€ a faturação no campismo.

Ora resulta claro que o turismo de habitação e espaço rural ganharam destaque, no período em análise, no contributo para o saldo positivo da balança de viagens e turismo.

Evidentemente que o país não estava preparado para este crescimento e mais tarde veio a fazer a regulação do alojamento local, a qual está novamente a ser revista no momento presente.

O crescimento da procura pelos investidores e pelo turismo das zonas históricas tem vindo a pressionar os seus naturais residentes a saírem para dar lugar ao alojamento local. O caráter dos bairros das zonas históricas também tem vindo a mudar através do influxo de novos residentes mais abastados bem como empresas. Até há bem pouco tempo havia programas municipais para ocupar as zonas histórias com famílias de elevados rendimentos e gabinetes para algumas empresas. A deslocação dos residentes com menos poder económico dessas zonas foi sendo feita gradualmente para fora do centro, embora nalguns casos com alguma firmeza, tendo dado a origem notícias de perseguição e quase expulsão dos residentes. De acordo com notícia do Expresso em 2018 houve senhorios que usaram todo o tipo de golpes baixos para expulsar os inquilinos. Desde cortes de água, luz e gás a corrimãos arrancados.

O alojamento destinado a estudantes também foi sendo desviado para o alojamento local, atividade mais rentável para o senhorio, o que resulta na falta de alojamento para estudantes.

Presentemente o governo está a pretender sacrificar a galinha dos ovos de ouro que permitiu o crescimento do turismo, através do alojamento local e da requalificação de bairros inteiros. Se tal se vier a verificar está fácil de ver que as grandes cadeias hoteleiras voltarão a fazer crescer o seu negócio através da oferta de camas restringida ao alojamento local.

Se há falta de casas para estudantes, então que o governo promova a construção de residências universitárias, pois cumprirão bastante melhor a sua função que o alojamento local. As verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deverão poder financiar o aumento do número de casas disponíveis no ensino superior até 2026, mas sempre em residências universitárias.

Matar o alojamento local é votar as zonas históricas das cidades ao progressivo abandono, tal como sucedeu no passado e descrito no início deste artigo, bem como colocar em risco os milhares de postos de trabalho que foram sendo criados ao longo destes anos.

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Joao Pires
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