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Quem está na política deve ter sentido de missão e para isso não deve depender da política para viver. Se assim for as suas decisões terão um interesse pessoal, em detrimento do interesse colectivo.
É o que acontece com todas as dependências.
O que se está a passar nos partidos, com raras excepções é certo, é uma luta entre irmãos para ver quem fica em lugar elegível com o intuito de manter ou ganhar um emprego.
Uma subversão completa daquilo que é servir em nome do interesse público.
O interesse público aqui é um verbo que se conjuga no passado e o que resta no presente está moribundo.
E os partidos estão a alinhar nesta guerra de quem fica, vem ou sai. A pequena vingança está à vista de quem não apoia ou não apoiou o líder do partido.
Nos partidos do arco da governação o escândalo é tão evidente que rossa a sem vergonhice. E parece tudo normal, afinal a política é podre e é, e o cheiro já não incomoda, tal é o hábito.
Assistimos, impávidos e serenos, a este circo em que os os partidos políticos se transformaram em agências de emprego e a Assembleia da Républica numa empresa.
A consequência desta prática é termos na AR deputados pouco qualificados, sem independencia e alinhados. Caso contrário podem ficar sem emprego.
Pessoas com competência, qualificação e ética tenderão a fugir da política, essa coisa pouco aliciante para quem tem dois palmos de testa.
Estamos, por isso, entregues a pessoas que vão lutar pela sua vidinha e de forma avulsa lá farão qualquer coisinha pelos eleitores só para lhes dizerem, em campanha eleitoral, que sempre se lembraram e lutaram por eles.
É só moscas que se alimentam de merda. Neste caso, moscas que se julgam importantes só porque pousam na merda de gente dita importante.
A bicharada assaltou o Parlamento enquanto o povo se vai decompondo.
Luso.eu - Jornal das comunidades
Author: Damião Cunha VelhoEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it. Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
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