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Estimado/a leitor/a, podemos pedir-lhe que olhe para o seu interior e pergunte a si mesmo/a o que mais deseja na vida...
Saúde?… Relacionamentos?…Conquistas?....Regressos?...Reconhecimentos?...Sucessos?…
Mas já pensou, realmente, sobre o motivo dos seus desejos? Ou melhor, qual o objetivo último dessas conquistas? ...
Não responda já… reflita mais um pouco…
Estimado/a leitor/a, se continuar a olhar para o seu interior, sentirá que o objetivo derradeiro das suas conquistas é ser mais feliz, acreditando que a concretização dessas conquistas levará à felicidade.
Na verdade, a referida é a maior aspiração do ser humano e o objetivo máximo da nossa existência.
Aquilo que não imaginamos é que «não são as conquistas que levam à felicidade, mas a felicidade é que leva às conquistas e ao sucesso, no trabalho e na vida pessoal, como em todas as circunstâncias.» A investigação tem demonstrado que as pessoas mais felizes têm mais capacidade de perseguir os seus objetivos e adquirir os meios de conquistá-los. São geralmente mais confiantes, otimistas, enérgicas e sociáveis e estão mais preparadas para enfrentar situações difíceis.
Além disso, as pessoas felizes tendem a ter relacionamentos mais longos, casamentos melhores, a ser mais saudáveis e a viver mais.
Todos estes dados dão, de facto, muito que pensar… colocando os caminhos da felicidade no cerne da nossa vida.
Recordamos que estes caminhos começaram a ser percorridos há muitos séculos, pelo Filósofo Sócrates, que perambulava pelas ruas de Atenas, na Grécia Antiga, iniciando um debate que dura até hoje: o que é a felicidade? Como atingi-la?
Provavelmente, até essa altura, acreditava-se que a felicidade estava dependente do desígnio dos Deuses mas Sócrates tornou-a numa tarefa, por vezes complicada, mas da responsabilidade do ser humano.
O nosso livro FelizMente é para ajudar a conhecer os sentidos e os caminhos. Quando falamos de sentidos posicionamo-nos no entendimento da felicidade enquanto conceito subjetivo, isto é, entendemos que existe de modo universal em todas as pessoas e cada uma tem uma definição diferente daquilo que para si é a felicidade, podendo ser alcançada por qualquer indivíduo num quadro de liberdade e de possibilidade de ação e de escolha. Porém, ao nos reportarmos aos caminhos, defendemos, claramente, que a felicidade pode ser educada e como tal pode ser aprendida, residindo essa possibilidade na pessoa que resolve, um dia, ser feliz.
Por isso defendemos, que não espere mais tempo, que promova uma atuação imediata e eficaz, porque a felicidade resultará de uma vida construída por uma vontade autêntica e genuína, decidida pelo próprio através de comportamentos com significado (objetivos a longo prazo) e com prazer (objetivos imediatistas). Deste modo, defendemos que da conjugação entre a subjetividade (cada um tem o seu conceito de felicidade), a liberdade (eu escolho a minha vida e assumo a minha vontade), o significado e o prazer, reside a construção da felicidade.
Sejamos claros, nos dias de hoje já sabemos, a partir das investigações de impacto, que os fatores explicativos da felicidade são de ordem genética, relacionados com as circunstâncias de vida e com as atividades voluntárias. Nessa sequência, a equação da felicidade é constituída pela seguinte fórmula:
Felicidade = 50% Genes + 10% Circunstâncias de vida + 40% Atividade voluntária.
Deste modo, como os fatores genéticos devem ser trabalhados ao nível da medicina comportamental e como não escolhemos as nossas circunstâncias mas somente nos adaptamos a estas é, essencialmente, no que podemos fazer ao nível da nossa atividade voluntária, que constitui um fator decisivo para a construção da felicidade.
Por isso lhe pedimos que procure um lugar tranquilo para refletir. Pense sobre como a sua vida está hoje, analise cada uma das dimensões da vida, poderá considerar, por exemplo, a dimensão pessoal, profissional, relacionamentos e qualidade de vida. Pode e deve acrescentar, ou retirar, dimensões que para si sejam relevantes.
Agora pergunte a si mesma/o qual é a área que poderá dar mais atenção de modo a se sentir melhor e mais feliz?
O que fará para a semana com esta consciência adquirida?
Luís Picado e Florbela Fidalgo