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O jornal das Comunidades Portuguesas na Bélgica, luso.eu, tem a honra de divulgar a exibição de mais um filme em homenagem à Língua e Cultura Portuguesas, no âmbito do Cineclube Português da Bélgica, no dia 3 de março, às 19H45, no Kinepolis de Bruxelas .
Este projeto, inicitiva do Bom Dia.lu, jornal português em linha, tem o apoio da DGACCP e do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e merece toda atenção do nosso jornal.
“ Alma Viva” de Cristèle Alves é um filme ambicioso, desenvolvido ao longo de vários anos, tratando de um tema pouco abordado no cinema. Ancorado numa identidade franco-portuguesa, acompanha a extraordinária viagem de uma menina ao longo de um verão.
O filme fala da crença no invisível, da ligação que temos com os nossos mortos, lendas urbanas, tudo visto por uma menina como nenhuma outra, dotada de um dom único e fascinante, em paisagens montanhosas cruas, incrivelmente verdes do região nordeste de Portugal, chamada Trás-os-montes, de onde vem a família da realizadora.
É verão nas montanhas em Portugal. Salomé, de nove anos, deixa a França para passar as férias na remota aldeia de sua amada avó. Com José, seu vizinho por quem está secretamente apaixonada, ela desfruta da doçura e da liberdade da vida no campo. À noite, em segredo com a tia, ela foge para o baile da aldeia. Quando sua avó morre, repentinamente, no dia seguinte, Salomé percebe com dor que está possuída pelo espírito desta, que ajusta as suas contas do além. Apanhada na confusão familiar do funeral, e confrontada com os olhares desconfiados dos aldeões que a acusam de bruxaria, a menina tenta desesperadamente libertar-se deste legado perturbador.
Depois deste verão, Salomé nunca mais será a mesma.
Cristèle Alves Meira é uma artista franco-portuguesa de caráter, convicção e paixão. Tem uma visão, um forte universo bicultural, e assim filma Portugal como nunca o vimos. O que sobressai do seu trabalho é uma liberdade incrível no tratamento dos temas abordados, o ambiente rural retratado que conhece de cor, um rigor nos seus diálogos, mas também uma grande maturidade. Sempre na fronteira entre o documentário e a ficção, Cristèle encena personagens que conhece, na terra natal da mãe, no nordeste de Portugal, onde vai várias vezes ao ano desde a infância.
Lua Michel, a heroína Salomé, é uma jovem actriz franco-portuguesa de apenas nove anos, que se estreou com Alexe Poukine (ganhou o Prémio de Interpretação no Festival Premiers Plans de Angers). Lua tem (além de uma excepcional capacidade de concentração e uma vontade inata de brincar) uma fantasia e um carisma que nos fazem querer segui-la durante horas, assim como uma dualidade no olhar, que oscila constantemente entre a inocência de sua época e uma ameaça perturbadora.
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