
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Uma grande segunda parte do Benfica deixou-o à beira do empate com o Liverpool, mas a qualidade na definição das jogadas fez a diferença na derrota por 3-1, nos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol.
O Benfica, que chegou ao intervalo a perder por 2-0, agigantou-se na segunda parte, passou a ter mais bola, foi ‘para cima’ do Liverpool, fez o 2-1, criou oportunidades para fazer o 2-2, e acabou por sofrer o 3-1, porque a qualidade individual e coletiva da equipa inglesa é superior.
É certo que o Liverpool baixou a sua intensidade de jogo na segunda parte, por estar a ganhar por 2-0 e quiçá por ter no domingo um jogo que pode ser decisivo para o título inglês frente ao Manchester City, mas o Benfica entrou forte na segunda parte, fez o 2-1 aos 49 minutos, galvanizou-se e ameaçou várias vezes o 2-2.
O maior elogio que se pode fazer ao Benfica foi o facto de o Liverpool, na segunda parte, não ter conseguido controlar o jogo, ter sido incapaz, na maior parte do tempo, de ameaçar a baliza de Odysseias Vlachodimos, e de ter sentido notórias dificuldades para travar as incursões dos jogadores benfiquistas, quando estes rodavam e arrancavam com a bola dominada de frente para a sua baliza.
A diferença esteve no detalhe e na qualidade individual, de que é exemplo o golo falhado por Everton aos 60 minutos, em posição frontal, no limite da grande área, com Darwin completamente solto um pouco descaído sobre a direita, não só não fez o passe para o seu companheiro, como não foi capaz de finalizar em excelentes condições para bater o guarda-redes Alisson.
O Benfica também podia ter chegado ao 2-2 aos 67 minutos, num lance em que Darwin foi travado com o braço pelo neerlandês Van Dijk e pediu penálti, mas o árbitro deixou seguir e acabaria por ser o Liverpool a dar o ‘xeque-mate’ no jogo mesmo à beira do final, aos 87 minutos, por Luis Díaz, num lance em que Otamendi é duplamente infeliz, por perder um passe a meio-campo e depois por intercetar a bola, desviando-a e proporcionando a finalização ao ex-extremo portista.
De resto, Díaz foi a figura do jogo, não só por este golo, mas também pela assistência para o segundo, aos 34 minutos, para Sadio Mané e pela excelente primeira parte que efetuou.
De referir, ainda, que o Benfica não pode sofrer um golo como o primeiro que sofreu, num pontapé de canto, em que o central francês Konaté surgiu à entrada da pequena área a saltar sozinho sem ninguém a marcá-lo, num erro inaceitável quando estamos a falar da Liga dos Campeões.
No outro jogo de hoje referente à primeira mão dos quartos de final, o Manchester City recebeu e venceu o Atlético Madrid por 1-0, num jogo desbloqueado pelo internacional belga Kevin De Bruyne, aos 70 minutos, ao marcar o único golo da partida.
Na verdade, o campeão inglês sentiu, como, de resto, se esperava, grandes dificuldades em ultrapassar o ‘catenaccio’ habitual usado por Diego Simeone nestes grandes jogos, tendo muito mais bola, mas também muito pouco espaço.
Houve muitas fases do jogo que o Atlético defendeu com duas linhas de cinco (5x5), com o internacional português João Félix a fechar o quinteto na ala esquerda, e a verdade é que os ‘citizens’ não conseguiram criar oportunidades de golo e só tiveram dois remates enquadrados à baliza em todo o jogo, tantos como o Atlético de Madrid na baliza de Ederson.
Em todo o caso, a vitória tangencial acaba por ser um bom resultado para o Manchester City porque vai forçar Simeone, na segunda mão, no Wanda Metropolitano, a ‘sair da toca’, o que não faria se saísse do Etihad com um nulo no resultado.