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(Caminha 23-0932020) Os vereadores em Caminha do Partido Social Democrata criticaram o executivo socialista por ter aprovado um contrato de arrendamento com um privado para um centro de exposição de 7,5 milhões de euros, que ainda não existe.
“não defende os interesses de Caminha e visa a fuga ao visto do Tribunal de Contas”, sublinham os sociais democratas em nota enviada à comunicação social. “Este contrato promessa de arrendamento está a ser feito para beneficiar um privado em concreto (…). Não nos parece de todo razoável tanta pressa, em cima do joelho e sem qualquer estudo de viabilidade económica, para fazer um contrato promessa de arrendamento que irá hipotecar por longos anos o concelho de Caminha”, defendem os vereadores do PSD.
Por sua vez, o executivo da Câmara Municipal de Caminha liderada por Miguel Alves considera que o equipamento “é uma alavanca para o Turismo e combate a sazonalidade”. E, ainda, acrescenta que o “centro DE EXPOSIÇÕES TRANSFRONTEIRIÇO TRAZ AO CONCELHO INVESTIMENTO IMEDIATO DE MAIS DE OITO MILHÕES DE EUROS“.
Recordar que em causa está a construção e criação de um Centro de Exposições Transfronteiriço, em Vilarelho, “um equipamento que dotará o concelho de uma infraestrutura que não tem paralelo nos concelhos vizinhos portugueses ou espanhóis e que permitirá dinamizar a economia de Caminha durante todo o ano, assumindo-se como uma ferramenta decisiva para o combate à sazonalidade e para a atração de grandes eventos nacionais e internacionais”.
Este centro passará por um investimento inteiramente privado que passa pela aquisição de um imóvel, a Quinta do Corgo, com mais de 36 mil metros quadrados, localizada na freguesia de Vilarelho.
O investidor explicou alguns pormenores do projecto e as razões que levaram à escolha do concelho. Ricardo Moutinho, representante da Green Endogenous, salientou que “o território de Caminha possui um enorme potencial, pela sua ligação transfronteiriça, o que se enquadra na estratégia do próprio grupo, com larguíssima experiência a nível nacional e internacional. Os investimentos que realizam visam sempre infraestruturas estratégicas, que geram cash flow permanente. As características do concelho e os estudos realizados levaram o grupo a acreditar que este será um investimento capaz de funcionar como âncora de desenvolvimento do território, ou seja, gerador de riqueza”.
O futuro centro de exposições prevê a construção de uma nave para albergar concertos, exposições, feiras nacionais e internacionais e todo o tipo de eventos, tendo capacidade para 5500 lugares sentados e 8000 visitantes de pé.
“É preciso criar condições para atrair mais gente”, defendeu Miguel Alves, presidente do município de Caminha.
Para o PSD, a “criação de um centro de exposições deve ser apoiada pelo município desde que seja um investimento estrategicamente ponderado e suportado por quem tem capital para o efeito, nomeadamente os privados”.