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A cimeira Luso Ibérica está agendada para o próximo mês de Julho, na cidade da Guarda, e a deputada pelo PSD no círculo de Viana do Castelo Liliana Silva lançou o desafio a António Costa, primeiro-ministro português, com a criação de uma ponte rodoviária que ligue as margens de Caminha a La Guardia.
Liliana Silva está preocupada com o tecido económico de Caminha que, considera, “tem vindo a definhar-se de ano para ano”. Assim, uma travessia rodoviária poderá trazer mais investimento a Caminha, refere a deputada que acrescenta, ainda, que esta solução foi sempre qualificada como irreal pelo presidente da Câmara Miguel Alves], em diversos momentos.
Recorde-se que em 2008, um estudo de viabilidade realizado por técnicos dos dois países, liderado por especialistas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto , apontou a solução técnica para a construção da nova ponte sobre o rio Minho, mas até hoje o projecto não avançou.
As ligações entre os dois municípios são asseguradas pelo ferry" Santa Rita de Cássia, muitas vezes impedido de cruzar o rio por causa do assoreamento que afecta o curso internacional de água.
Na nota enviada, Liliana Silva defende que a construção daquela travessia permitiria potenciar a economia do concelho, atraindo "grandes empresas" e potenciando a "proximidade" da ligação à autoestrada A28.
"Apenas nos falta a ligação transfronteiriça que permita esse escoamento e trocas comerciais com a Galiza", sustentou.
A deputada do PSD invocou ainda o turismo, sector de "referência" do concelho que está integrado na rota dos Caminhos de Santiago de Compostela.
"os peregrinos ficam sempre sujeitos ao horário do 'ferryboat' para prosseguirem viagem, com a condicionante grave de, à segunda-feira, a embarcação se encontrar parada para descanso da tripulação", referiu.
Segundo a deputada social-democrata, "sem qualquer travessia viária para a outra margem, Caminha tem visto grandes investidores, com capacidade efectiva de criação de emprego, a optar por concelhos vizinhos como Valença, Monção ou Cerveira”.
"É tempo de deixarmos de ver esta ligação fronteiriça como uma miragem. Está na altura de darmos o impulso que o concelho de Caminha merece e que irá favorecer todo o Alto Minho, tornando-o numa das regiões mais competitivas do País", sustentou.
Também quisemos conhecer a opinião do actual presiente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves, sobre este assunto, mas ficamos sem resposta …