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A família, como é sobejamente conhecida, constitui a primeira e a mais significativa estrutura organizada, como construto de uma sociedade, de resto, a família é a célula a partir da qual se formaram os clãs, as tribos, as comunidades, as sociedade, as nações e o mundo humano, em que as gentes deste universo vivem, com as suas tradições, culturas e civilizações.
Para a coordenação e defesa moral das legítimas aspirações das nações, foram criadas organizações internacionais como, e a título de exemplo: ONU – Organização das Nações Unidas; OEA – Organização dos Estados Americanos que, agregando os países, cultural ou geograficamente interessados, estes concordaram em cumprir e fazer cumprir, através daquelas, determinados princípios universais, no âmbito de vários direitos consignados a todo o ser humano, princípios que ficaram consagrados em documentos históricos mundiais, nomeadamente, a “Declaração Universal dos Direitos do Humanos”
Nos textos ecuménicos relativamente aos Direitos Humanos, verifica-se em todos eles, uma forte e primordial componente Ética, subjacente às formulações, conceitos e orientações e, é esta dimensão Ética que, por exemplo, na “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, conduz a uma série de considerandos, em ordem ao: “reconhecimento da dignidade humana”; da liberdade, da justiça e da paz; à consideração que devem merecer os direitos do homem, através de normas jurídicas; à indispensabilidade da promoção e desenvolvimento de relações amigáveis, independentemente de raças, credos, ideologias e quaisquer outras orientações político-filosóficas.
A família, como núcleo central do funcionamento das sociedades, deve, portanto, ser alvo de todas as medidas políticas, económicas, financeiras, laborais e sociais que a proteja. Quando as famílias passam dificuldades, a sociedade estará doente, por isso, tudo o que se fizer para reforçar e consolidar o bem-estar das famílias, estar-se-á a contribuir para a coesão nacional.
A austeridade, imposta por quem nunca passou dificuldades é, portanto, um atentado à dignidade das famílias mais carenciadas que, ao longo de uma carreira tributária, descontaram para poderem usufruir de direitos que lhes garantam um mínimo de sobrevivência digna. Tudo o resto não passa de retórica para o “professor” dar boa nota ao “bom aluno”.