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Celebrar o Dia do Pai que, tradicional e catolicamente, se associou ao dia de S. José (19 de março) é, efetivamente, um tributo que a sociedade presta a quem tem o privilégio, mas, igualmente, a responsabilidade de ser Pai, independentemente de ser pela via natural/biológica artificial ou adotiva.
Atualmente, primeiro quarto do século XXI, a condição de Pai, perante uma família constituída em moldes tradicionais: uma mulher e um homem, estruturada e comungando de regras, valores, sentimentos e boas-práticas, não será muito fácil, se este progenitor assumir posições de prepotência, intolerância e insensibilidade para com os seus filhos, os quais, naturalmente, carecem, cada vez mais, de Pais presentes, unidos, carinhosos, amigos, companheiros, defensores, protetores e cúmplices.
Desempenhar as funções de Pai, numa sociedade complexa, consumista e plena de solicitações, através de agressivos incentivos à aquisição de bens e produtos, para com todas as pessoas em geral e, particularmente, em relação às crianças, adolescentes e jovens, é muito difícil e, não raro, impossível de cumprir integralmente, sob pena de vir a abrir precedentes nocivos, a uma correta educação dos filhos
Naturalmente que uma família sólida, portadora de normas de conduta exigentes e rigorosas, a educação e formação dos filhos é da responsabilidade conjunta da Mãe e do Pai, sem dúvida alguma, porém, há situações que são mais apropriadas para o Pai esclarecer e, se necessário, resolver perante os filhos e, outras que são mais adequadas para a mãe elucidar e solucionar, junto das suas filhas, todavia, o essencial, o que deve ser interiorizado pelos filhos, independentemente do género, é sempre transmitido, complementar e simultaneamente, pelos dois progenitores.
Adotando uma análise positiva ao papel do Pai, ainda que sob um prisma subjetivo, importa ressaltar que, na sociedade contemporânea, existem situações muito diferenciadas e, também, incompatíveis entre elas, porque: tanto se pode detetar comportamentos hostis de filhos para com o Pai; como atitudes de rejeição de Pais masculinos para com os próprios filhos biológicos; e, ainda conflitos entre a Mãe e o Pai, cujas consequências mais graves recaem, muitas vezes, nos próprios filhos.